“Na profundidade da alma existe uma canção que não pode ser expressa em palavras”. A dança é uma forma de expressão que fala por si só. (Kalil Gibran)

Dahra Mahaila Bellydancer

Dahra Mahaila Bellydancer

Descubra a Dança do Ventre

A você mulher que sempre quis saber os mitos e as verdades sobre a dança do ventre, vai encontrar aqui todas essas respostas e um pouco mais. Através deste blog vou passar a vocês um pouco da minha experiência com a dança e porquê me apaixonei por ela. Quem sabe você também não se apaixona e venha à fazer parte deste mundo de mulheres lindas, maravilhosas, alegres, felizes, bem resolvidas, cheias de energia, confiantes e poderosas com a dança do ventre.
Dahra Mahaila (25/03/2010)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Falando sobre a Dança do Ventre

ORIGENS: A origem da Dança do Ventre vem de tempos muito antigos, sobre os quais não existe muita ou quase nenhuma documentação. Muitas histórias foram criadas na tentativa de ilustrar o seu surgimento, por isto é necessário um trabalho sério de pesquisa e também de muito bom senso no momento de identificar se a informação colhida é falsa ou verdadeira.
Uma das muitas explicações relata a que a Dança do Ventre teria suas origens nos rituais religiosos do Antigo Egito, onde a dança era praticada dentro de templos sagrados como forma de agradecimento e para homenagear as divindades femininas associadas à fertilidade. Outras dizem que a dança do ventre nasceu na Índia e que lá foi difundida pelos ciganos no Ocidente.
Acredita-se também que a dança existiu como forma de arte nas cortes do império romano e mais tarde no império da Turquia. E que nessa época a dança pode ter se espalhado por todos os países árabes.
E uma outra versão, atribui o seu surgimento aos rituais Sumérios, a mais antiga civilização reconhecida historicamente. Estes habitavam, junto com os semitas, a Mesopotâmia (região asiática delimitada pelos vales férteis dos rios Tigre e Eufrates, atual sul da Turquia, Síria e Iraque).
Também há indícios históricos da existência de uma dança com características semelhantes à Dança do Ventre em países como Grécia, Turquia, Marrocos e norte da África.
A dança do ventre desenvolveu-se entre os primeiros povos que habitavam a Ásia menor. A dança do ventre era inicialmente uma dança religiosa sob o matriarcado como forma de representação e adoração à Deusa Inanna ou Astarte, a grande deusa-mãe-terra. Posteriormente dança do ventre evoluiu como forma de aprendizado e entretenimento entre mulheres e mais tarde para o publico.
Limitar a origem e o desenvolvimento da dança do ventre somente ao Egito é um equívoco tão grande quanto restringir seus movimentos apenas à área do abdômen.
A dança do ventre trabalha o corpo feminino como um todo. Seguindo a trajetória da evolução, cada povoado adaptou a dança sagrada (sua estrutura de movimentos, vestimenta, ritmos e coreografia) segundo seus costumes e crenças.
Acredita-se que essa dança tenha sido criada visando reproduzir através de movimentos variados: os quatro elementos (água, fogo, terra e ar), e animais sagrados como; a serpente (símbolo da Deusa–mãe-terra), e cataclismos como: terremotos, maremotos e etc. além de todo o ciclo que envolve a fertilidade feminina e a concepção da vida.
As dançarinas do antigo Egito adornavam seus quadris com sementes que ao serem chacoalhadas emitiam um determinado som para cada movimento. Percebemos que desde então o corpo é o maior instrumento da dança oriental, só o corpo feminino tem a capacidade de materializar a música árabe.
Ao longo do tempo pelo processo de mistura entre culturas, ocasionado constantes guerras, invasões ou simplesmente pelas visitas freqüentes de povos nômades, a arte da dança oriental foi divulgada e assimilada por todo o oriente antigo.

Em 1798, Napoleão Bonaparte teve seu primeiro contato com a dança oriental em sua primeira expedição científica ao Egito, através da recepção fraterna e festiva de Gawazys, dançarinas profissionais dos povos Tiziganes durante a ocupação de suas tropas sobre o Cairo.
Napoleão Bonaparte, impressionado com os curiosos movimentos abdominais das dançarinas referiu-se pela primeira vez a esta dança oriental, como danse du ventre, ou seja, dança do abdômen, ou Dança do Ventre, a forma como nós a conhecemos até hoje.
A dança do ventre popular ( Racks Baladi ) é tradicionalmente passada de mãe para filha, cuja estrutura de passos é bem elementar.
A Dança do ventre, profissional, ( Racks Sharki) já é uma dança com muita técnica e de movimentos refinados.
A palavra dança vem do sânscrito tanha, que significa alegria de viver, Na terminologia árabe raks e o turco rakkase ambos derivados do assírio rakadu, têm o significado de celebrar.
A dança do ventre é uma forma de expressão corporal e emocional com mais de 5.000 anos de existência e que compreende em sua estrutura improvisação, criatividade, independência e compreensão rítmica.
Nos períodos neolítico e paleolítico da pré-história, foram encontrados no interior de cavernas estatuetas onde se mostra de uma dança feminina onde o movimento dos quadris era destacado. Nesta época matriarcal as mulheres desempenhavam um papel muito importante nas tribos justamente por que, à capacidade de gerar, e dar a luz era considerado um ato mágico.
Foram encontradas nas escavações as chamadas Vênus, pequenas estatuetas esculpidas com contornos femininos que surgiram para comprovar a existência da divindade feminina Innana,ou Ishtar Deusa Mãe Terra.
Sabe-se que nessa época essas estatuetas eram fincadas no chão e ao seu redor desenvolviam-se rituais ligados à fertilidade onde a dança feminina era destacada por seu caráter mágico e sagrado.

NOME: O nome correto dessa dança é Raks Sharki, que quer dizer dança oriental ou dança do oriente. Para a América, o nome danças oriental não equivale extamente a esta denominação já que pode significar outro tipo de dança oriental, tais como, as danças japonesa, hinesa, ailandesa,etc. Essa denominação deve-se aos movimentos, que são predominantes no ventre e quadril feminino. A dança do ventre é a mais feminina e sensual de todas as danças.
A mulher, através da música árabe, une seus movimentos, sua expressão e sua sedução, transformando-os, no palco, em sentimentos, que compartilha com seu público.

Mas nos dias de hoje não existe qualquer ligação da dança com a religião e a bailarina é considerada uma artista. A Dança do Ventre teria sido mais tarde incorporada às festas palacianas, e por fim conquistado também as classes mais inferiores.
Atualmente no Egito, é comum apresentações de Dança do Ventre em restaurantes e em cerimônias de casamento. E por vez, os noivos desenham as suas mãos no ventre da dançarina. Isto seria uma referência ao relacionamento da dança aos cultos de fertilidade. As mulheres do Mundo Árabe dançam umas para as outras, e para elas mesmas. Elas formam um grupo, e desenvolvem a sua performance, para suas irmãs e amigas, sem a presença de homens. Celebram assim a espiritualidade e a força femininas, e transmitem beleza e liberdade por meio da sua expressão particular.

EXPANSÃO: A dança do ventre se expandiu pelo mundo inteiro com a ajuda dos viajantes, mercadores e povos nômades (como os ciganos e beduínos), juntamente com outras características da cultura Árabe, tais como a culinária, a literatura e a tapeçaria.
Em sua expansão pelo mundo, a dança do ventre acumulou em cada região diferentes interpretações e significados. Atualmente, a dança do ventre ainda se encontra em um contínuo processo de desenvolvimento, recebendo influências diversas, como por exemplo da Dança Contemporânea e do Flamenco. Apereceram estilo de dança do ventre fusion (tribal e gótico)
Independente das diversas influências, não é difícil identificar o estilo da dança do ventre por meio de determinadas características.
Em cada região, a dança do ventre recebeu um nome:
no Egito a dança do ventre é chamada de Raqs El Sharq ou Raqs Sharqy, que significa "Dança do Oriente" ou "Dança do Leste"; na Grécia a dança do ventre é chamada de Chiftitelli;
na Turquia a dança do ventre é chamada de Rakkase; na França de Dance du Ventre
no mundo ocidental é mais conhecida como Belly Dance ou dança do ventre.
A dança do ventre chegou definitivamente ao ocidente no século XIX, e é considerada uma das danças mais antigas da história da civilização.
Atualmente existem muitas dançarinas da dança do ventre de ótimo nível em praticamente todos os países do mundo, inclusive no Brasil.

A dança do ventre seduz o público: O poder hipnótico da dança do ventre é devido à mágica combinação de elementos religiosos e profunda sensualidade. O movimentos permitidos para a dançarina da dança do ventre não são numerosos, mas permitem uma grande diversidade de variações.
Apesar da variedade de estilos, a característica básica que permanece á a os movimentos de ondulatórios do quadril intercalados com movimentos vigorosos do mesmo. A mensagem alegre e positiva da dança do ventre vêm conquistando gerações, que buscam preservar e difundir as suas características: sensualidade, leveza, beleza, alegria, vitalidade e expressão.

Envie seu comentário. Email: dahramahaila@hotmail.com

quinta-feira, 25 de março de 2010

Dançar para mim é

Dançar é entrar em sintonia com o universo, é levitar para o mais alto do astral, é atingir o nirvana. Dançar é conectar-me com a mais profunda expressão do meu corpo, a sensualidade.
É através da dança que te encanto, te seduzo, te envolvo e te amo. (Dahra Mahaila-2009)

quarta-feira, 24 de março de 2010

A Magia da Dança do Ventre

É através dos movimentos da dança que o meu corpo expressa encanto e sensualidade. Mas, é através da alma que reflete em mim a emoção, a paixão, poesia, sedução...
É a magia que vivemos quando dançamos o mais sagrado ritual das deusas, a dança do ventre.
(Dahra Mahaila-2010)