“Na profundidade da alma existe uma canção que não pode ser expressa em palavras”. A dança é uma forma de expressão que fala por si só. (Kalil Gibran)

Dahra Mahaila Bellydancer

Dahra Mahaila Bellydancer

Descubra a Dança do Ventre

A você mulher que sempre quis saber os mitos e as verdades sobre a dança do ventre, vai encontrar aqui todas essas respostas e um pouco mais. Através deste blog vou passar a vocês um pouco da minha experiência com a dança e porquê me apaixonei por ela. Quem sabe você também não se apaixona e venha à fazer parte deste mundo de mulheres lindas, maravilhosas, alegres, felizes, bem resolvidas, cheias de energia, confiantes e poderosas com a dança do ventre.
Dahra Mahaila (25/03/2010)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dança do Ventre com Taças

Dança com duas taças, com uma vela dentro de cada.
É geralmente dançada em casamentos, batizados, aniversários.
As taças com velas iluminam o corpo, os trajes da bailarina e também o ambiente. Por isso recomenda-se que este não seja muito claro, mas que esteja na penumbra.
Não se sabe ao certo sua origem, mas acredita-se que tenha surgido no ocidente.
Não existe um traje pré-determinado, e também não tem um ritmo específico. Apenas sugere-se que seja dançada ao som de uma música mais lenta e clássica, que cause um certo ar misterioso.
Por ser uma dança mais lenta e delicada, pode-se realizar movimentos de chão, bem como abusar de movimentos de oitos, ondulações, redondos e cambrees.
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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dança do Ventre com Pandeiro

O pandeiro é um acessório cênico utilizado pela bailarina enquanto dança e é tocado apenas em alguns momentos para fazer as marcações da música. Ou seja, ela não toca o tempo inteiro como faz o músico com o pandeiro.
Ele serve para dar um charme a mais, para incrementar a dança.
Não deve ser tocado em músicas lentas ou taksins. Há quem o toque em solos de derbak, o que pode torná-los ainda mais bonitos, se bem executados.
Usar roupas alegres, geralmente com moedas. Pode ser dançada com um vestido baladi, que também é usado para a dança da bengala.
Nesta dança a bailarina realiza alguns movimentos da dança do ventre enquanto segura o pandeiro próximo ao quadril, acima do ombro ou da cabeça, por exemplo, como um elemento decorativo.
Realiza também batidas do pandeiro em diferentes partes do corpo, como mão, cotovelo, ombro, quadril, joelho, para marcar as partes mais fortes da música.
Uma dica é fazer batidas no pandeiro apenas nas batidas mais fortes da música, e nos outros momentos utilizá-lo como elemento decorativo.
Por isso recomenda-se que se dance em músicas alegres, animadas, ritmadas e bem marcadas.
Geralmente usam-se ritmos mais rápidos, nos quais acompanham-se as batidas da percussão, como por exemplo no said, malfuf e falahi.
O pandeiro árabe, ou daff, como também é chamado, tem o som e a aparência um pouco diferente do nosso pandeiro ocidental.
Diz-se que ele entrou na Dança do Ventre através dos ciganos do Antigo Egito.
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segunda-feira, 19 de abril de 2010

A Dança do Ventre com Punhal

Dança com um punhal de metal feito especialmente para a dança, também conhecido como adaga. Pode ser dourado ou prateado e é vendido em lojas especializadas em artigos pra Dança do Ventre.
Pouco se sabe sobre seu surgimento, mas há hipóteses de que tenha surgido na Turquia pelos ciganos.
Geralmente a bailarina entra com o punhal escondido na roupa e no meio da dança o retira dançando com ele.
A dançarina faz desenhos no ar com o punhal, e às vezes o prende em algumas partes do corpo como na boca, na cintura ou no peito.
Ás vezes no meio da dança uma ou mais bailarinas podem simular uma luta com o punhal.
Não se dança geralmente ao som de músicas muito animadas ou alegres, como solos de derbak ou músicas folclóricas. Usam-se mais músicas não muito aceleradas, e que tenham um certo grau de mistério, para combinar com a dança. Além disso, não há um ritmo definido para esta dança.
Pelo punhal ser um objeto que representa combate ou defesa, a dança pode acompanhar tal sentimento, ou seja, de alguém se defendendo, numa dança forte, carregada de sentimentos, bem expressiva.
Não há um traje específico, portanto pode ser dançada com uma roupa típica de dança do ventre de duas peças, bem como com um vestido.
A bailarina movimenta, manuseia e segura o punhal de diferentes maneiras durante a dança, sempre tentando dar uma interpretação introspectiva, de mistério, de luta, batalha, proteção.

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sexta-feira, 16 de abril de 2010

A Dança do Ventre com Véu

O véu na dança do ventre é como uma extensão da bailarina, de seus braços, proporcionando um ar de mistério, leveza, graça, charme, sedução e encanto.
A dança com véu pode variar de acordo com a intenção e criatividade da bailarina: pode-se dançar com um único véu, com dois ou até nove.
Algumas dançarinas fazem uso do véu aliado aos snujs, por exemplo, querendo assim demonstrar sua habilidade com os acessórios da dança.
Não é muito comum as bailarinas usarem véu nos países árabes. Este artifício é mais usado nos países ocidentais como o Brasil e os Estados Unidos.
Não há traje e nem ritmo específico para sua execução. Apenas recomenda-se evitar ritmos folclóricos e solos de derbak. A música pode ser mais lenta ou mais rápida.
Pode-se dançar com um ou mais véus presos à roupa, sem que necessariamente se retire para dançar. Neste caso ele se torna um adereço e não um objeto com o qual se dança.
A dançarina pode iniciar sua dança com um ou mais véus e depois jogá-los durante a sua apresentação.
Esta dança exige equilíbrio, pois, pede deslocamentos e giros. Também requer habilidade da bailarina já que este objeto cênico se movimenta durante a dança, ao contrário do punhal por exemplo.
Há um intenso trabalho de braços, portanto eles devem estar alongados para realizar movimentos amplos e belos.

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quarta-feira, 14 de abril de 2010

A Dança do Ventre no Brasil

A história da Dança do Ventre no Brasil ainda é muito recente. Podemos contar de uns 50 anos para cá, aproximadamente. E podemos assim dizer que isto aconteceu juntamente com a chegada dos primeiros árabes no Brasil. Os primeiros imigrantes árabes vieram da Síria e do Líbano por volta de 1880, e se concentraram principalmente no estado de São Paulo, mais especificamente na capital.
A bailarina Patrícia Bencardini em seu livro nos diz que: “A partir dos anos 50, uma grande população muçulmana entrou no Brasil, vindos de diferentes regiões do Oriente Médio. E, na década de setenta do século XX, novos imigrantes libaneses vieram para o Brasil fugindo da guerra civil, quando muitos encontraram parentes distantes que vieram no começo do século” (p. 68-9).
Provavelmente este foi o caso da bailarina palestina SHAHRAZAD Shahid Sharkey que aqui chegou por volta de 1957.
Muitas bailarinas acreditam que ela foi à pioneira desta dança no Brasil. Seu nome de nascimento é Madeleine Iskandarian.Shahrazad começou a se dedicar à Dança do Ventre a partir do final da década de 70 no Brasil, muito embora, já dançasse profissionalmente desde os sete anos em diversos países árabes, como conta em seu livro.
E também publicou em o livro “Resgatando a Feminilidade – expressão e consciência corporal pela dança do ventre”, em 1998, além de alguns vídeos didáticos. A dedicação de Shahrazad à Dança do Ventre, além de formação de grandes bailarinas e professoras, incluiu ainda sua luta pela valorização da dança e não por sua vulgarização. Em seu livro ela diz que “uma bailarina não deve jamais aceitar que os homens coloquem dinheiro no seu corpo. Eles dizem que é um costume, mas que isto não é verdade. O corpo da mulher é sagrado e o povo deve assistir a essa dança com muito respeito e admiração” (p. 5 e 6).
No entanto, dizem também que Zuleika Pinho foi a primeira bailarina a realizar uma apresentação de Dança do Ventre no Brasil, no clube árabe Homes, em São Paulo, e na época Zuleika tinha apenas 14 anos de idade. "Me perguntaram se poderia apresentar uma dança oriental, não tinha idéia do que era, mas aceitei", conta Zuleika em uma entrevista. Nesta época, ela passou a se apresentar em vários restaurantes e programas de televisão, assim como também apareceu um muitos jornais da época.
Mesmo assim, na década de 80, segundo a bailarina MÁLIKA, “a dança do ventre era muito pouco conhecida e difundida no Brasil”. Era difícil obter materiais para estudos, aulas e apresentações como discos, CDs, vídeos e roupas. A literatura também era escassa, pois segundo ela, “o Brasil não havia produzido nenhuma obra sobre o assunto e as existentes eram as publicações em inglês e francês”.
Para a bailarina esta situação mudou a partir da década de 90 quando começaram a surgir várias publicações sobre a Dança do Ventre em jornais e revistas.
Mas o auge da dança mesmo veio juntamente com a novela “O Clone” pela Rede Globo de televisão. Ai foi uma febre só. Todas as mulheres queriam aprender a dança do ventre.
Na época para se conseguir música árabe os profissionais tinham que comprar fora do país, porque aqui não tinha. Sem contar que nessa época os discos ainda eram de vinil.
Sabe-se também, que na década de 70 havia muito pouco restaurantes árabes na Capital sendo que alguns deles já nem exitem mais, como: Bier Maza, Porta Aberta e Samíramis. E estes restaurantes, segundo contam, havia algumas apresentações de dança do ventre e também alguns músicos árabes.
As primeiras dançarinas de dança do ventre no Brasil surgiram na década de 80. São elas: Shahrazad, Samira, Rita, Selma, Mileidy e Zeina. Podemos assim dizer que esta foi a primeira geração de bailarinas no Brasil
O primeiro vídeo didático de Dança do Ventre brasileiro foi lançado em 1993, pela Casa de Chá egípcia Khan el Khalili, tendo como professora a então já bailarina Lulu Sabongi.
Desde então muitos outros vídeos, e mais recentemente DVDs, têm sido produzidos no Brasil, tanto didáticos quanto de shows. Também muitos outros DVDs internacionais como: Bellydance Superstars, Soraya Zaied, Dina, Randa Kamel, Orit dentre outras.
Já a casa de chá egípcia Khan el Khalili localizada em São Paula, foi inaugurada em 1982 por Jorge Sabongi e antes de completar seus 2 anos passou a contar com apresentações de dança do ventre. Até que então surgiu a Lulu, e após iniciar os estudos na dança do ventre, começou a se apresentar na Casa de Chá, e a cada vez com maior freqüência e também com um público cada vez maior.
Nesse ano de 2010 a Khan el Khalili completou 28 anos de existência. Que além de casa de chá e cafeteria, exibem diariamente shows maravilhosos de dança do ventre. Que oferecem também aulas, shows anuais, produz Cds e DVDs, exportando inclusive para outros países.
Existem ainda muito que pesquisar sobre a dança do ventre no Brasil. Acredito que não sabemos realmente tudo a esse respeito. Mas vale a pena pesquisar e ler a respeito, porque a cultura árabe seja ela vinda pelos imigrantes ou pesquisada na internet é muito interessante e também é algo novo que vamos ler, aprender e transmitir.
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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Panelinhas na Dança do Ventre

Panelinhas na dança do ventre? Críticas construtivas ou pejorativas?
Ah, elas existem, e como existem!

Da mesma forma tenho visto isso repercutindo nos blogs sobre dança do ventre. Muitos possuem uma ótima qualidade, e outros tão poucos se dignificam a criticar honestamente algo sobre a dança do ventre.
E quem "ousa" fazer isso? Eu, você? Até parece que as pessoas se armam contra qualquer crítica, como se isso viesse de pessoas ignorantes que não sabem o que estão dizendo, que não estudam a dança, que não tem a profundidade intelectual e ou artística para compreender o maravilhoso trabalho desta ou daquela dançarina ou mesmo de um grupo de dança (e que só é acessível a poucos e nobres escolhidos, ohhhhhhhhh!).
Dá até medo de falar alguma coisa ou de lançar uma crítica, porque as pessoas ao lerem a matéria venham a sentir-se criticadas, ainda que de forma indireta, apesar de que a intenção aqui não é essa quero deixar isto bem claro. Até porque, esse tipo de assunto causa certo alarde, só pelo fato de termos concepções diferente ou simplesmente porque não concordamos com o que a grande maioria pensa e aceita. E será que isso é mesmo correto?
Eu amo dança do ventre! E o que mais me atrai na dança é exatamente a autenticidade, a originalidade de cada dançarina. Porque, cada uma delas tem a sua maneira de dançar, umas com graciosidade, outras com leveza, outras ainda com certa agressividade, enfim, cada qual com a sua interpretação e sensibilidade para com a música.
Agora o que na para engolir, é você ver uma dançarina dança de perna aberta, fora do ritmo, sem leitura musical, fazendo tudo errado e quando termina só recebe elogios tipo: você é linda, é maravilhosa, tem um corpo perfeito, cabelo magnífico, mas, e o principal? E a dança onde fica? Por outro lado vemos lindas dançarinas com muita graça, técnica, ritmo, leitura musical perfeita e recebe uma crítica tipo: sua dança está uma droga, uma porcaria... Este tipo de crítica ou “elogios” mata! Desanima qualquer uma.
Ai vem à pergunta, por que a diferença de tratamento?
Bem, é ai que entra a famosa panelinha. A dançarina pode não dançar nada e recebe todos os melhores elogios porque faz parte daquele grupinho fechado onde ninguém mais entra, a não ser aquela que pensa exatamente como aquele grupinho. E quanto à outra dançarina, ah ela é só mais uma no meio do mundo bellydancer. Ou seja, se você não faz parte da panelinha você é excluída de toda e qualquer atividade a que o grupo é convidado.
Outra coisa que eu acho estranho e não consigo entender é porque tanta rivalidade nesse meio? Por que as pessoas de um grupo não podem ser amigas do outro grupo? Será por medo de ser influenciado a novos desafios e novos conhecimentos ou conceitos?
Bem, sei lá. Essa é uma pergunta sem resposta.
Eu acredito que as críticas devem ser de forma construtiva e não pejorativas! Chega de críticas feitas como: ela é feia, horrorosa, gorda, etc... É preciso que sejamos honestas quando apreciamos o show e o estilo de uma dançarina. Não temos que ser moldadas até ficarmos irreconhecíveis para nós mesmas. E também não estou dizendo que a dança tenha que se adequar aos vícios da bailarina, nada disso, correção neles!
Braços esticados, postura, quadril encaixado, quadril e tronco separados! Criticar por tudo isso é válido, é necessário! A bailarina tem que se desenvolver a tal ponto que a dança - milimetricamente correta - saia natural do seu corpo, agora ela tem que ser criticada e elogiada pela sua dança, e não de onde ela veio e com quem estudou ou estuda, quantos anos se dedica à dança, se é gorda ou magra. E a ótica para analisar a dança tem que se focar em como esta dançarina nos toca. Porque nomes dançando não quer dizer nada. O q gente realmente quer ver é leitura musical, interpretação, entrega numa apresentação de dança do ventre!
Por isso, seria bom que as dançarinas começassem a criticar aquilo que lhes é estranho... Quem sabe você não vira admiradora de quem você criticou?
Eu sempre digo que "sou uma pessoa que me permito mudar de opinião", e é claro que como todo mundo, eu não estou imune a críticas não, pois eu não sou feita de pedra, eu também sinto, vejo, critico e conheço cada vez mais pessoas e coisas. E aquilo que hoje me parece feio pode vir a ser bonito e interessante amanhã. A crítica impulsiona o estudo e até mesmo o próprio autoconhecimento, o que não podemos jamais ter é uma opinião formada simplesmente pelo grupo ao qual pertencemos, temos que descobrir aquilo que verdadeiramente é interessante nos atrai.
A amizade nesse meio é comum, ainda mais num meio inteiramente feminino como esse da dança do ventre, mas ser amiga não é simplesmente anular a si mesma, não é ser injusta com os outros, primeiramente é preciso se libertar dessa postura egoísta e pensar!
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segunda-feira, 5 de abril de 2010

A Dança dos Sete Véus

A dança dos sete véus não é uma dança folclórica e não tem caráter erótico, apesar do que comumente se possa imaginar. Sua história é pouco precisa e certa. Por conta disso há muitos mitos e lendas acerca de sua origem e de seus significados.
Uma delas diz que era uma dança praticada por sacerdotisas dentro dos templos da deusa egípcia Isis. Uma outra lenda diz que a dança dos sete véus está associada à passagem bíblica onde Salomé pede a cabeça de João Batista.
Em uma apresentação, a bailarina vai retirando cada um dos sete véus que estão presos ao seu corpo enquanto dança.
Cada véu é retirado com habilidade, delicadeza e naturalidade. Fazendo movimentos com cada véu, assim como movimentos ondulatórios, laterais de cabeça, movimentos de mãos, movimentos de transe. Também podem-se explorar giros, descidas, cambrees, deslocamentos.
As cores dos véus geralmente são vermelho, laranja, amarelo, verde, azul-claro, lilás, branco. Isso não é uma regra, podendo variar conforme a escolha da bailarina.
O tamanho dos véus e a disposição deles no corpo também são de escolha pessoal. Geralmente o tamanho de cada véu é determinado pelos tipos de movimentos que se pretende fazer com ele e também do local do corpo que se pretende prendê-lo. Recomenda-se que a roupa da bailarina, embaixo dos sete véus, seja preferencialmente de cor clara e suave, para não competir com as cores dos véus presos ao corpo.
Pode-se optar por uma música que tenha no mínimo uns sete minutos, dedicando-se a dançar aproximadamente durante um minuto com cada véu. Caso contrário corre-se o risco da retirada dos véus ser muito rápida, perdendo um pouco a qualidade da dança.
Não se dança ao som de músicas folclóricas ou solos de derbak. Sendo mais apropriadas para a dança dos sete véus as músicas instrumentais.

A Dança dos Sete Véus no contexto Espiritual
A dança dos sete véus pode ser realizada, também, em homenagem à deusa babilônica Ishtar, deusa da vida e da morte, do amor e da fertilidade. Segundo os babilônios, Ishtar descia ao mundo subterrâneo passando sete vezes por sete portais, deixando em cada um deles um de seus sete atributos: beleza, amor, saúde, fertilidade, poder, magia e o domínio sobre as estações do ano, representados pelos véus. Os véus nesta dança significam a decida da mulher ao seu mundo interior. São os sete mistérios da deusa Ísis (a mulher busca os mistérios para se espiritualizar).
Através da dança do ventre a mulher entra em contato com a sua Deusa Interior, localizada no útero. O desvendar dos véus, significa a descoberta dos seus chakras. Cada cor de véu corresponde a uma energia de um chakra. Os sete véus representam os sete graus de iniciação, os sete chakras corporais, as sete cores do arco-íris e os sete planetas. A retirada e o cair dos véus significa o cair da venda, despertando a consciência. É a evolução espiritual. Realizada em homenagem aos mortos pelas sacerdotisas, em seus templos, que retiravam não só os véus, mas todos os adereços sobre o seu corpo, para simbolizar a sua entrada ao mundo dos mortos sem apego a bens materiais.
Na dança, a bailarina inicia com os sete véus amarrados no corpo, cada um de uma cor, correspondendo aos sete chakras. À medida que a bailarina dança, os véus vão sendo desamarrados um a um representando a abertura de cada chakra, a começar pelo chakra básico ou sexual e terminando no chakra coronário.
Os véus podem ser das seguintes cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, lilás, branco.
A vestimenta da dança do ventre , embaixo dos sete véus, è preferencialmente de cor clara, suave. Originalmente a dança dos Sete Véus, por ser ritual, era dançada vestindo-se apenas os véus. Porém atualmente se usa por baixo uma roupa comum de dança do ventre, de preferência branca ou lilás, simbolizando a transmutação.
1º Véu: VERMELHO: O véu vermelho está associado a Marte e ao chakra base, sua retirada significa a vitória do amor cósmico e da confiança sobre a agressividade e a paixão. Entra-se com o véu vermelho, com movimentos fortes de véu e quadris, como batidas e shimies. Normalmente o véu vermelho mede 3 metros.
2º Véu: LARANJA: O véu laranja representa Júpiter e o chakra sexual, que dissolve o impulso dominador e dá vazão ao sentimento de proteção e ajuda ao próximo. O véu fica preso no quadril. Executa-se movimentos de shimies, oitos, redondos, o véu acompanha com movimentos na altura do chakra.
3º Véu: AMARELO: O véu amarelo representa o Sol e o chakra plexo solar , que elimina o orgulho e a vaidade excessiva, trazendo confiança, esperança e alegria. O véu amarelo fica cobrindo a barriga. O véu coordena com os movimentos de ondulações, oitos laterais, oitos com ondulações, redondo interno e redondo grande.
4º Véu: VERDE: O véu verde corresponde a Mercúrio e ao chakra cardíaco, que mostra a divisão e a indecisão sendo vencidas pelo equilíbrio entre os opostos. O véu pode ficar no bustie ou em um dos braços. Executa-se movimentos de busto e braços.
5º Véu: AZUL: Vênus e o chakra laríngeo é o véu azul, a qual revela que a dificuldade de expressão foi superada, em prol do bom relacionamento com os entes queridos. O véu pode ficar no pescoço ou no outro braço preso ao bracelete. Usa-se os véus verde e azul juntos com movimentos de cabeça.
6º Véu: LILÁS: O véu lilás, que representa Saturno e o chakra frontal, mostra a dissolução do excesso de rigor e seriedade, a conquista da consciência plena e o desenvolvimento da percepção sutil. O véu cobre o rosto como chador. Usa-se expressão de olhos, cabeça, tira o chador.
7º Véu: BRANCO: Finalmente a Lua e o chakra coronário estão associados à cor branca ou ao prateado ( a união de todas as cores). A queda do último véu mostra a imaginação transformada em pensamento criativo e pureza interior. O véu branco fica na cabeça como véu beduíno. A bailarina retira o véu e o utiliza com movimentos de giros, casulo.
Os véus são retirados lentamente durante a execução dos movimentos, alguns deles a bailarina somente retira, enquanto outros realiza movimentos mais elaborados. A música deverá ter duração média de 7 minutos. E deverá proporcionar as diferentes variações de movimentos.A bailarina deve assumir uma personagem: a sacerdotisa em busca da sua verdade. O despertar de sua consciência, de sua força e poder, dentro do mais perfeito equilíbrio.
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