“Na profundidade da alma existe uma canção que não pode ser expressa em palavras”. A dança é uma forma de expressão que fala por si só. (Kalil Gibran)

Dahra Mahaila Bellydancer

Dahra Mahaila Bellydancer

Descubra a Dança do Ventre

A você mulher que sempre quis saber os mitos e as verdades sobre a dança do ventre, vai encontrar aqui todas essas respostas e um pouco mais. Através deste blog vou passar a vocês um pouco da minha experiência com a dança e porquê me apaixonei por ela. Quem sabe você também não se apaixona e venha à fazer parte deste mundo de mulheres lindas, maravilhosas, alegres, felizes, bem resolvidas, cheias de energia, confiantes e poderosas com a dança do ventre.
Dahra Mahaila (25/03/2010)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Dança do Ventre com Flores

A dança das flores é uma dança festiva e comemorativa, na qual a bailarina dança com um cesto de flores ou de pétalas de flores.
Dizem que esta dança surgiu na época em que as camponesas egípcias trabalhavam na colheita de flores durante a primavera, e para amenizar o trabalho, cantavam e dançavam.
Mais adiante, tornou-se uma dança comum nas festas populares.
É uma dança delicada e alegre. Boa para começo ou abertura de show, bem como para comemorações especiais como dia dos namorados, dia das mães.
Não há trajes, ritmos ou músicas especificas, mas sugere-se dançar ao som de músicas alegres e que tratem de temas relacionados a flores ou colheitas.
Enquanto dança, a bailarina pode segurar o cesto de flores na cabeça, no ombro, ao lado do quadril, etc. Pode prender uma flor entre os dentes, bem como movimentar e segurar a saia enquanto dança.
A entrega de flores ou pétalas ao público durante a dança é comum também, e acrescenta um charme à apresentação.
Dicas de movimentação:
-segurar a cesta com uma mão e a outra colocar na cintura, e fazer alguns movimentos de quadril como básico egípcio e oitos;
-fazer desenhos no ar (como círculo por exemplo) com o cesto nas duas mãos.
-segurar o cesto sobre um ombro e fazer básico egípcio e oitos;
-segurar o cesto com as duas mãos e aproximá-lo do movimento de quadril, por exemplo do básico deslocando;
-segurar o cesto acima da cabeça e fazer oitos;
-colocá-lo no chão e dançar próximo a ele antes de pegá-lo novamente.
Comentários! Email: dahramahaila@hotmail.com

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Dança do Ventre no Terceiro Setor

A Dança do Ventre no terceiro setor: a recuperação do papel social.
As artes são sempre citadas como uma forma de inclusão social. Podemos citar, o balé, a dança contemporânea e principalmente a dança de rua figuram entre as principais modalidades exploradas por organizações não-governamentais que tem na arte e na cultura suas principais ferramentas de trabalho. O glamour, o luxo e o brilho muitas vezes espalhados aos quatro cantos por praticantes e escolas de Dança do Ventre acabam tirando do campo de visão de muitos profissionais e possíveis praticantes as possibilidades terapêuticas e principalmente sociais que a dança traz.
A prática da Dança do Ventre eleva a autoestima ferida pelo tempo e pelas dificuldades da vida. Ao se olhar no espelho ao longo dos minutos de aula é visível no olhar de cada uma a descoberta diária em cada nova ondulação, cada curva e cada batida que seu corpo pode mostrar. É pelo corpo que essas mulheres exprimem de forma silenciosa o que a sociedade há tempos calou. Seja sua sensualidade, seu espírito de romantismo, seu lado moleca ou mesmo a sua deusa interior. As batidas agressivas viram formas de exprimir seus retornos às adversidades da vida e, aos poucos, o equilíbrio vai voltando a reinar. Mente e corpo finalmente se encontram.
Os espaços do terceiro setor, que atendem a comunidades carentes, muitas vezes são povoados por mulheres vítimas de violências. Seja violência moral ou física, em ambiente doméstico ou de trabalho, o fato é que a maioria passa por abusos e condições de difícis sobrevivência. Nesses espaços livres, as marcas expostas de seus corpos e suas almas passam despercebidas por elas mesmas na beleza da sinuosidade dos movimentos, nos redondos de quadris e flutuações de braços. É o momento de esquecer da dor e entender que aquilo que elas vêem no espelho e sentem em seus corações as pertencem e são de seu total domínio.
Nesse formato, elas reagem de forma muito mais afirmativa como donas de seus corpos, suas mentes e seus destinos. As experiências com a auto observação e a consciência corporal levam a uma autodeterminação física e intelectual que contribuem para o aumento da consciência de seu papel social como mulher, profissional, mãe e, principalmente, como indivíduo atuante em suas comunidades e na sociedade como um todo.
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sexta-feira, 23 de julho de 2010

A Dança do Ventre com Snujs

Os snujs são címbalos de metal, usados um par em cada mão. Um deles se prende ao dedo médio e o outro ao dedão por meio de um elástico. O elástico não deve estar muito solto para não cair, e nem muito apertado para não prender a circulação sanguínea.
Eles podem ser tocados pelos músicos, ou então pela própria bailarina enquanto dança. Neste caso, requer grande habilidade da bailarina, que deve dançar e tocar ao mesmo tempo.
É um instrumento percussivo que pode acompanhar a música toda, apenas algumas partes e/ou os breaks (paradas) da música. Geralmente as músicas mais indicadas são as mais aceleradas, mais animadas, com ritmos ou floreados bem marcados. Não é indicado tocar em taksins ou qualquer outro momento lento da música.
Os snujs dão um incremento à dança, já que dinamizam o ritmo e dão floreado à música. Mas é preciso conhecer bastante a música e treinar bem os toques para que o som fique bom. Pois caso contrário, a música e a dança ficarão poluídas.
Existem snujs prateados ou dourados, lisos ou com desenhos, pequenos, médios ou grandes. A escolha depende da preferência de cada um, bem como da habilidade, pois os snujs maiores requerem mais treino.
Com o tempo os snujs podem escurecer ou ficar esverdeados e para voltar à sua cor original, pode-se usar alguns produtos que são vendidos em casas especializadas de instrumentos.
São necessários alguns cuidados com o armazenamento para prolongar a qualidade do som e a aparência dos snujs. Por isso é importante não guardá-los úmidos e deixá-los envolto em algum tecido.
O bom som produzido pelo snuj acontece quando se toca um no outro e logo em seguida o som ainda continua reverberando no ar. Ou seja, quanto mais o som se estender no ar, melhor é a qualidade do snuj.

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

A Dança do Ventre com Candelabro

A dança do candelabro é uma dança na qual a bailarina usa um candelabro sobre a cabeça. Recomenda-se que haja um véu sobre a cabeça, embaixo do candelabro.
O candelabro pode ter de 7 a 14 velas, dependendo da preferência. Quanto menor o número de velas, menor o candelabro, e mais delicado.
Seu nome egípcio é Raks El Shamadan e sua provável origem é grega ou judaica.
É uma dança antiga que fazia parte das celebrações egípcias de casamento, nascimento e aniversários, como ainda o é em muitos países árabes.
Assim, é comum que uma bailarina entre como em um cortejo à frente dos noivos, dançando com o candelabro. Desta maneira ela procura iluminar o caminho do casal, como uma forma de trazer felicidade para ele. É uma dança que serve para celebrar a vida e a união entre as pessoas.
Não tem traje ou ritmo específico, mas geralmente dança-se ao som do ritmo Zaffe ou na versão mais lenta do Malfuf.
De qualquer forma é importante que a música seja lenta, pelo menos na maior parte do tempo, pois com o candelabro não é possível realizar muita variedade de movimentos rápidos.
É uma dança que requer mais movimentos delicados e sinuosos, além de bastante equilíbrio.
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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Dançarinas boas ou boas dançarinas?

A diferença entre dançarinas boas e boas dançarinas está no amor pela arte de dançar.

Muitas vezes o público não tenha a percepção de notar essa diferença.
Na maioria das vezes querem somente ver uma bailarina com seu lindo e sedutor traje dançando. Para as pessoas leigas isso basta. Não importa se a bailarina tem ritmo ou reconhece os ritmos durante sua apresentação. Para elas se é bonita basta. Principalmente sendo um público masculino.
Mas para nós que não estamos cotadas no conceito de beleza atual, que importa se dançamos bem? Uma ou outra pessoa pode perceber nosso talento, mas a maioria não. Para essas o importante é uma dançarina boa! Rsrsrsrs

Bem, críticas à parte. Vamos combinar!
É claro que não existem somente dançarinas sem talento, pelo contrário! Temos aí várias dançarinas que encantam o público com seu talento, técnica, chame e amor a dança. Essas são as boas dançarinas!
O público não merece ser iludido com uma imagem deturpada da dança do ventre.
Acredito que muita gente pensa que a dança do ventre é chata e desinteressante porque só tem contato com as “barbies” que só prendem a atenção por sua bela aparição, e a dança sai quase como um esforço desesperado de parecer interessante, o que não é: a dança do ventre não é só um corpo, existe toda uma técnica envolvida. Como diz um ditado muito antigo: "Beleza não põe mesa", mas, é preferível encher os olhos do público com a mais linda e bela arte da dança do ventre em seu mais puro talento.
Comentários. Email: dahramahaila@hotmail.com

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A Origem das Odaliscas

Pesquisando sobre dança do ventre, encontrei uma matéria super interessante a respeito da “Origem das Odaliscas”.

Leia a seguir...

A imagem das odaliscas é grande estereótipo da dança do ventre. Mas quem eram estas mulheres? E por que a dança do ventre se relaciona com elas? Primeiramente, o termo odalisca é recente, aproximadamente do séc. XV, antes de serem denominadas "odaliscas", o nome que definia a sua presença na sociedade árabe-islâmica clássica era outro: Jawari (no Egito chamadas de Awalim).
Jawari é o plural de Jariya, que quer dizer, serva. Esta serva poderia possuir duas funções: poderia ser responsável pela casa e pelas notícias da vizinhança, ou poderia ser uma qina, isto é, uma serva para entretenimento, principalmente para cantar. A Jariya que soubesse cantar era disputada no mercado, o que acabou a tornando um artigo de luxo de príncipes e ricos comerciantes, gradativamente alterando seu conceito de "serva" para "concubina".
Eram as Jawari que constituíam os haréns dos sultões, que dançavam, cantavam e conversavam sobre filosofia e poesia para entreter seus senhores. Vários sábios árabes a descreveram em seus livros, como Nafzawi, Al-Jahiz, criando em sua imagem toda uma atmosfera de encantamento e sexualidade. São nos contos sobre as Jawari que surgem os casos de homoerotismo feminino, o que chamaríamos hoje de lesbianismo. Para os muçulmanos clássicos, as mulheres só poderiam sentira-se atraídas sexualmente umas pelas outras se estivessem em haréns, o local onde as Jawari viviam ao lado de todas as mulheres da vida do sultão (mãe, filhas e esposas legítimas).
O harém não representava um local voltado para o sexo, mas um local de convivência secreto, onde somente o senhor e os eunucos que o guardavam poderiam ter acesso, sendo dirigido pela mãe do sultão. As Jawari não eram muçulmanas, mas, sobretudo, cristãs, capturadas em guerras ou pilhagens, e vendidas nos mercados. A concubina que se convertesse ao islamismo, deveria se casar seja com o seu senhor ou com outro designado por ele. A partir do séc. XVI, mesmo aquelas não convertidas poderiam sair do harém e se casarem com homens escolhidos por seu senhor, caso fossem dados como terminados seus serviços ou se nunca tivessem sido requisitadas pelo sultão.
Ainda assim, a condição das Jawari não era das melhores. Diferentemente das Ghawazee, as Jawari eram escravas, não possuíam liberdade ou representação social. Elas ainda poderiam ser compartilhadas por co-proprietários ou mesmo vendidas sucessivamente a novos donos. Para as concubinas comuns, a única forma de conquistarem algum direito era em caso de se tornarem mães (um al-walad), o que lhes garantia a estabilidade ao lado de um único proprietário pelo resto da vida. Já as concubinas do harém poderiam ter a chance de possuírem alguma posição no mundo exterior, porém era muito raro de acontecer. Em ambas condições, por mais que as Jawari não tivessem qualquer controle de sua vida, elas exerciam grande influência sobre seu senhor, algo que pode ser exemplificado pelos diversos discursos que apontam o harém como um local de intrigas e conspirações.
No Império Turco Otomano, as Jawari passaram a ser chamadas de odaliscas (algo como camareiras). O termo odalisca passou também a abarcar aquelas que não eram propriamente concubinas, algo semelhante ao conceito inicial de Jariya. Aquelas que eram belas ou que tinham algum talento para dançar ou cantar, eram treinadas para se tornarem amantes do sultão. Se fossem bem sucedidas na sua arte de sedução, ou como cantoras ou dançarinas, poderiam ganhar algum status fora do harém, sendo utilizadas até mesmo para dar as "boas vindas" aos visitantes do Império.
A partir do séc. XIX, quando as nações europeias passaram a comercializar seus produtos industrializados e a mesmo industrializar os países árabes, as odaliscas tiveram quase um papel diplomático, ao representarem a hospitalidade dos sultões através de seus corpos e de sua dança. A dança do ventre encantou profundamente os imperialistas europeus, que fascinados, passaram a exportar para a Europa algo como um show de cabaret, primeiramente na França sob o nome "Danse du Ventre", nome este que passou a designar toda essa modalidade de dança no mundo ocidental (o nome original é Raqs Sharqi, que quer dizer, Dança do Oriente).
Assim, nada mais justificável que a imagem da dança do ventre fosse representada por tantos anos como a concubina bela e sedutora, a odalisca. No mundo árabe, a dança do ventre como entretenimento só era desempenhada por Ghawazee ou Jawari (Odaliscas), isto é, por prostitutas ou concubinas, e é por isso que a dança do ventre não é vista com bons olhos por lá. Atualmente, muitos países usam a dança do ventre com papel turístico, como o Líbano, o Egito, a Turquia, mas para muitos árabes, a dança do ventre está longe de perder a sua imagem de promiscuidade.
Existem danças folclóricas festejadas por grupos étnicos, danças que chegaram até nós, como o Falahi, o Baladi, entre outros, mas que eram desempenhadas por camponeses em ocasiões festivas. Esses folclores foram incorporados ao que chamamos no Ocidente de Dança do Ventre, mas eles eram atividades distintas das praticadas nos haréns e nas ruas pelos Ghawazee.
A impressão deixada nos europeus pelas odaliscas pode ser conferida pelas diversas pinturas que encontramos até mesmo no Google. Pintores como Jean Auguste Dominique, Vicenzo Martinelli e Fabio Fabbi retrataram o imaginário europeu do que seria o harém, obras de erotologia árabe foram traduzidas, se iniciou o movimento que chamamos de "orientalismo" (o Oriente como algo envolto em misticismo e encantamento, como "o outro").

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Sensualidade e a Dança do Ventre

Como lidar com a sensualidade na dança do ventre?
Bem, é sabido que a dança do ventre é proveniente de um ritual sagrado e está ligada aos ritos de fertilização. Esse ritual era realizado nos templos sagrados em homenagem a Ísis, Deusa da Magia e dos Mistérios, onde as sacerdotisas, devido a sua natureza feminina e receptiva, eram responsáveis pela abertura de um canal para o plano espiritual interior. Assim a energia feminina começava a se manifestar.
A proposta aqui é passar a todas as mulheres uma nova postura de consciência de vida através desta encantadora e maravilhosa dança. Tornar-se mais feliz, sensual, alegre. Ao invés de apenas irmos levando as nossas vidas, podemos também ter a sabedoria de dançá-la. E assim como na prática desta dança, caso erremos no percurso de nossas vidas, podemos treinar mais um pouco e dançar novamente.
Eu, você, e todas as mulheres que praticam a dança do ventre, já teve, a oportunidade de entrar em contato com alguns dos benefícios que essa dança nos propõe, inclusive no aumento da nossa sensibilidade, bem como, no que diz respeito à nossa sensualidade.
A maioria das mulheres que começa a fazer Dança do Ventre vem atrás dessa busca, à busca dessa sensualidade, que muitas vezes é até exagerada.
Em minha opinião, não se deve buscar somente isso, a sensualidade, porque se for só isso você irá colher apenas as migalhas que a dança oferece, sendo que a dança do ventre oferece muito, muito mais que isso. E você ainda corre o risco desta sensualidade tornar-se vulgar no seu dia-a-dia. Tudo em demasia se torna ridículo. Então use o seu bom senso e não caia nessa.

Algumas dicas para lhe ajudar em sua reflexão:
* A dança do ventre coloca a mulher em contato com as energias cósmicas;
* É uma maneira da mulher moderna não se sentir só, muito menos solidão;
* É uma das raras atividades humanas em que a mulher se sente totalmente conectada com seu corpo, espírito e coração. Equilibrando mente e corpo;
* Dançar com o ventre é estabelecer uma relação ativa entre a mulher, a natureza e a sua força criadora;
* Quando o ventre se mexe, se estabelece a comunicação do êxtase;
* É o entusiasmo da vida, a alegria de viver, é felicidade completa;
* É sentir a presença de Deus.

É claro que não podemos negar e nem esconder a sensualidade que aflora na mulher pela dança, mas ela deve andar paralelamente com outros benefícios para lhe deixar uma mulher mais feliz e completa, assim como a despertar a sua grande Deusa.
A mulher que sabe compreender a verdadeira essência dessa dança sagrada, assim como era realizada nos grandes Templos Sagrados, conhece também o caminho que liberta da ilusão individualista, porque a dança é a sua própria natureza, é o descobrimento de todo o seu SER.
Envie seu comentário. Email: dahramahaila@hotmail.com

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Dança do Ventre - Baladi

O Baladi é muito conhecido e também polêmico: afinal, o Baladi seria um ritmo ou um estilo (Hossam Ramzy que o diga!)? Ou ainda, ele seria um ritmo ou uma estrutura musical (Não menos parecido que um estilo...)? O Baladi pode ser "encontrado" em variações de outros ritmos, especialmente sendo encarado como uma versão do Masmoudi Saghir (como já tratamos aqui) e também encarado como uma derivação folclórica e mais lenta do Maqsum.

Tais associações não se atêm a meras semelhanças, o Baladi é um estilo tradicional, de origem libanesa, tem presença marcante neste país já há muito tempo (tanto, que nem dá para precisar!). O próprio nome Baladi, que quer dizer "minha terra", nos levar a concluir que é um ritmo regional, podendo realmente ser uma variação de outros ritmos com uma roupagem popular. Para Hossam Ramzy, o Baladi nada mais é do que uma mistura de ritmos, um estilo do Líbano, que por convenção acabou sendo utilizado erroneamente para nomear o Masmoudi Saghir e o Maqsum, de acordo com suas variações correspondentes. Fato é: quando se busca entender a origem do Baladi se conhece mais do que um ritmo, mas o espírito materializado de uma saudade, do amor por uma terra, por uma aldeia, por um estilo de vida onde se nasce e cresce, onde se encontra uma identidade. O Baladi é a identidade de um povo, o som que o faz relembrar sua história.

A estrutura do Baladi segue o compasso 4/4: DUM DUM TAKATA DUM TAKATA TAKA. Os seus dois primeiros "DUM" são sempre marcados na dança, e eles que transmitem a energia deste ritmo e o diferencia do Maqsum. O Baladi está presente em músicas clássicas, modernas e até em solos de derbake, se relacionando sempre ao que é básico na dança, sem extravagâncias. É usual as bailarinas fazerem básicos egípcios assim que identificam o Baladi numa música clássica, nele não é hora de muitas variações, a dança neste momento compõe-se de passos mais tradicionais para seguí-lo (básicos, marcações de quadril, deslocamentos com quadril). Alguns especialistas dizem que o Baladi verdadeiro só é aquele em que os dançarinos estão caracterizados (roupas simples, como camponeses), pé no chão (sem meia ponta) e que quando se ouve este ritmo em ocasiões diferentes, ele seria na verdade uma variação do Maqsum (novamente as agruras por não se decidirem se é estilo ou ritmo!)... Bem,acho que é muita complicação, é Baladi por sua estrutura, e não por sua composição cênica!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Dança do Ventre - Cigana

O estilo cigano na Dança do Ventre vem de uma interpretação ampla e liberal das danças ciganas, primeiramente da Turquia, Espanha, dos Balcãs e do Egito. Acredita-se que os ciganos (também chamados de 'romanichéis') são originários do norte da Índia. Estes teriam migrado em direção norte e leste no Oriente Médio e na Europa, desenvolvendo cada vez mais o estilo original de sua dança ao acrescentarem elementos das diferentes culturas com quem tinham contato. Na década de 1960, as dançarinas americanas começaram a incorporar elementos do vestuário, da música e dos passos ciganos às suas apresentações de Dança do Ventre.

Movimentos: o estilo cigano utiliza técnicas e movimentos de dança do ventre, adicionando a eles passos ciganos e do folclore oriental. A dança cigana, aliás, é conhecida por sua paixão, exuberância e energia. As dançarinas ainda utilizam adereços como pandeiros e snujs. Já as saias, tão comuns hoje em dia na dança do ventre cigana, não eram vistas com bons olhos entre as dançarinas no passado.

Música: As canções ciganas mais "puras" e tradicionais são usadas na dança do ventre, porém são mais comuns as músicas que trazem uma mistura de elementos ciganos, turcos, árabes e europeus. Violinos, guitarras e pandeiros são alguns instrumentos bastante comuns também.

Roupas: Tecidos pesados em tons opacos são usados em saias volumosas e calças no estilo "harém"; na parte de cima, as dançarinas usam e abusam de blusas e tops decotados e/ou com mangas também volumosas. As saias são geralmente onduladas (como no flamenco). Nos quadris, é comum o uso de xales com franjas e de cinturões de metal. Na cabeça, a dançarina ainda pode usar uma espécie de lenço ou adorno.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Dança do Ventre - Estilo Libanês

Cada pesquisa uma história diferente de estilo.
Vamos falar aqui do estilo Libanês na dança do ventre.

A dança do ventre no Líbano possui algumas semelhanças com o Estilo Egípcio, utilizando-se muitas vezes das mesmas músicas árabes e de referências culturais, embora baseie-se geralmente na dança folclórica libanesa. A dança do ventre libanesa pode incluir complexos movimentos em seus padrões. A dançarina realiza intrincados movimentos de abdômen, quadril, com próprio modo de andar, além de movimentar elegantemente os braços, principalmente quando dança no estilo clássico, que possui muita semelhança com o Estilo Egípcio.

O estilo de dança do ventre libanês mais atual foi fortemente influenciado pela dançarina Nadia Jamal, que experimentou algumas fusões mais modernas incorporando elementos da dança ocidental em suas apresentações posteriormente. Depois dela, muitas dançarinas libanesas decidiram usar salto alto em suas perfomances, além de darem mais ânimo e energia às suas apresentações, deixando-as mais descontraídas. Alguns nomes muito conhecidos na dança do ventre libanesa incluem Kawakib, dançarina clássica; Suha Azar, dançarina contemporânea que ensina e dança no estilo clássico; Nadia Jamal, uma pioneira na fusão teatral da dança do ventre libanesa; e as representantes mais atuais, Amani, Samara, Dina Jamal e Maya Abi Saad.