“Na profundidade da alma existe uma canção que não pode ser expressa em palavras”. A dança é uma forma de expressão que fala por si só. (Kalil Gibran)

Dahra Mahaila Bellydancer

Dahra Mahaila Bellydancer

Descubra a Dança do Ventre

A você mulher que sempre quis saber os mitos e as verdades sobre a dança do ventre, vai encontrar aqui todas essas respostas e um pouco mais. Através deste blog vou passar a vocês um pouco da minha experiência com a dança e porquê me apaixonei por ela. Quem sabe você também não se apaixona e venha à fazer parte deste mundo de mulheres lindas, maravilhosas, alegres, felizes, bem resolvidas, cheias de energia, confiantes e poderosas com a dança do ventre.
Dahra Mahaila (25/03/2010)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Dança do Ventre - Baladi

O Baladi é muito conhecido e também polêmico: afinal, o Baladi seria um ritmo ou um estilo (Hossam Ramzy que o diga!)? Ou ainda, ele seria um ritmo ou uma estrutura musical (Não menos parecido que um estilo...)? O Baladi pode ser "encontrado" em variações de outros ritmos, especialmente sendo encarado como uma versão do Masmoudi Saghir (como já tratamos aqui) e também encarado como uma derivação folclórica e mais lenta do Maqsum.

Tais associações não se atêm a meras semelhanças, o Baladi é um estilo tradicional, de origem libanesa, tem presença marcante neste país já há muito tempo (tanto, que nem dá para precisar!). O próprio nome Baladi, que quer dizer "minha terra", nos levar a concluir que é um ritmo regional, podendo realmente ser uma variação de outros ritmos com uma roupagem popular. Para Hossam Ramzy, o Baladi nada mais é do que uma mistura de ritmos, um estilo do Líbano, que por convenção acabou sendo utilizado erroneamente para nomear o Masmoudi Saghir e o Maqsum, de acordo com suas variações correspondentes. Fato é: quando se busca entender a origem do Baladi se conhece mais do que um ritmo, mas o espírito materializado de uma saudade, do amor por uma terra, por uma aldeia, por um estilo de vida onde se nasce e cresce, onde se encontra uma identidade. O Baladi é a identidade de um povo, o som que o faz relembrar sua história.

A estrutura do Baladi segue o compasso 4/4: DUM DUM TAKATA DUM TAKATA TAKA. Os seus dois primeiros "DUM" são sempre marcados na dança, e eles que transmitem a energia deste ritmo e o diferencia do Maqsum. O Baladi está presente em músicas clássicas, modernas e até em solos de derbake, se relacionando sempre ao que é básico na dança, sem extravagâncias. É usual as bailarinas fazerem básicos egípcios assim que identificam o Baladi numa música clássica, nele não é hora de muitas variações, a dança neste momento compõe-se de passos mais tradicionais para seguí-lo (básicos, marcações de quadril, deslocamentos com quadril). Alguns especialistas dizem que o Baladi verdadeiro só é aquele em que os dançarinos estão caracterizados (roupas simples, como camponeses), pé no chão (sem meia ponta) e que quando se ouve este ritmo em ocasiões diferentes, ele seria na verdade uma variação do Maqsum (novamente as agruras por não se decidirem se é estilo ou ritmo!)... Bem,acho que é muita complicação, é Baladi por sua estrutura, e não por sua composição cênica!