“Na profundidade da alma existe uma canção que não pode ser expressa em palavras”. A dança é uma forma de expressão que fala por si só. (Kalil Gibran)

Dahra Mahaila Bellydancer

Dahra Mahaila Bellydancer

Descubra a Dança do Ventre

A você mulher que sempre quis saber os mitos e as verdades sobre a dança do ventre, vai encontrar aqui todas essas respostas e um pouco mais. Através deste blog vou passar a vocês um pouco da minha experiência com a dança e porquê me apaixonei por ela. Quem sabe você também não se apaixona e venha à fazer parte deste mundo de mulheres lindas, maravilhosas, alegres, felizes, bem resolvidas, cheias de energia, confiantes e poderosas com a dança do ventre.
Dahra Mahaila (25/03/2010)

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dança do Ventre - Como Interpretar uma Música Clássica

Quando dançamos uma música clássica, o que guia nossos movimentos? O ritmo ou os instrumentos musicais? Pois é, são os instrumentos musicais que definem a forma do movimento executado pela bailarina. Os ritmos apenas servem para nortear a dança, para marcar se o momento da música é para deslocamento ou se é para a bailarina ficar parada, mas não dizem qual leitura da música a bailarina vai desenvolver; quem o faz é a melodia. A música, assim, tem que ser toooooooda interpretada, em todas suas variações melódicas, não só em suas marcações.

Nas músicas clássicas, temos os instrumentos de percussão, de sopro, de corda e alguns importados, como o Acordeon (instrumento austríaco, inspirado em um parente pobre chinês). Destes, os primeiros são responsáveis pela composição rítmica, podendo realizar floreios, enquanto os demais desempenham a função melódica da música, podendo acompanhar a percussão, criando uma frase musical; apresentar uma improvisação melódica (Taqsim); e vir numa estrutura isolada da percussão (cada um sola em uma vez). A maioria das músicas árabes - em especial as egípcias - utilizam a estrutura de "pergunta e resposta" entre um solista e a orquestra, isto é, entre os instrumentos melódicos. Estas combinações podem estar presentes em uma só música, e é a bailarina que interpretará tais momentos, de acordo com o tipo do instrumento melódico que estará tocando.

Antes mesmo de distinguirmos os instrumentos, existem percepções que são comuns para se ter em qualquer música clássica:

1 - Como diz Hossam Ramzy, a bailarina é parte da orquestra! Ela está ali dançando da mesma forma que o músico está ali tocando; a sua interpretação compõe uma das frases da música, devendo seguir a melodia e lhe dar forma.
2 - Ao som dos instrumentos de percussão, o que se marcará será o acento do ritmo (como nos dois DUNS do baladi). Pode-se marcar um instrumento de percussão, por exemplo, no início de um novo momento da música, no tilintar de um snuj, quando a percussão está solando, entre outros.
3 - Os movimentos da bailarina acompanham a variação da melodia, nas subidas e descidas de tom (se a nota sobe, a bailarina sobe, etc), nas pausas, nas oscilações (variações longas, movimentos grandes, etc), deve haver harmonia entre a melodia e a dança. Ao som da orquestra, os movimentos são expansivos, ao som do solistas, eles são contidos, floreando apenas no final da frase, procurando destacar o momento do solista.
4 - Em toda música clássica, temos uma sequência de folclore. É importante identificá-la e marcá-la do seu início ao fim.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Dança do Ventre - Estilo Egípcio

A dança é uma forma de arte alegre e envolvente. Ela evolui junto com as diferentes culturas que a adotam. Por causa disso, existem muitos estilos diferentes de "dança do ventre". Comecemos a tentar reconhecer o estilo egípcio através de algumas características comuns.

O Estilo Egípcio, como o próprio nome já diz, é oriundo do Egito, destacando-se as cidades do Cairo e Alexandria. As estrelas de dança egípcia ganharam fama por se diferenciarem das dançarinas do ventre em geral, também se diferenciando muito entre si. Dessa forma há uma grande variedade de interpretações dentro deste estilo, mas ainda assim, há certos elementos que parecem comuns à dança do ventre egípcia. Geralmente, as dançarinas acompanham mais o ritmo de um instrumento do que a melodia, ainda que existam dançarinas que dancem um tanto "melodicamente" às vezes. Elas também possuem um estilo um tanto leve, o que faz a dança parecer muito fundamentada e tradicional. Assim como acontece com todas as danças orientais, a dança do ventre egípcia é profundamente mergulhada na música folclórica e na dança do Egito. Os ritmos Saidi e suas variações, por exemplo, são muito comuns.

Muitos elementos diferenciam a Era de Ouro do Estilo Egípcio dos estilos mais modernos. A Era de Ouro faz referência às estrelas da dança egípcia dos anos de 1920 a 1950. Alguns dos nomes mais famosos daquela época incluem Samia Gamal, Tahia Carioca, Naima Akef e poderia se estender às gerações seguintes como Souhair Zaki, Nagwa Fouad, Fifi Abdo, Mona Said e Aza Sharif. O estilo egípcio moderno relaciona-se com as tendências mais atuais na dança oriental egípcia. Algumas delas incluem elementos do balé e da dança moderna. Grandes nomes da dança do ventre egípcia são Dina, Tito e Randa Kamal. Há também muitos dançarinos de outra nacionalidades que adotaram o estilo egípcio em sua própria dança. Alguns nomes merecem destaque como Orit (Israel), Leila (EUA), Sahra Kent (EUA), Yasmin (EUA), Nour (Rússia), Asmahan (Argentina) e Soraya Brasil).

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dança do Ventre - Estilo Turco

O estilo turco e oriental e o estilo árabe de Dança do Ventre compartilham o mesmo vocabulário de dança. No entanto, o estilo turco é influenciado por várias danças folclóricas da Turquia, assim como as danças folclóricas dos ciganos que vivem no país. Muitas dançarinas e músicos são ciganos e deram seu próprio toque especial à dança.
Há geralmente ritmos populares com uma estrutura de 5,7 ou 9 tempos juntamente com ritmos de 4 e 8 tempos. O Estilo Turco Clássico possui alguns pontos em comum com as eras de Ouro e Clássica do Egito e do Líbano, mas também possui um caráter patriótico muito forte oriundo da época do Império Otomano.
No entanto, o atual estilo turco de Dança do Ventre é muito mais alegre e expansivo. Alguns nomes que valem a pena ser citados incluem Nesrin Topkapi, Princess Banu, Sema Yildiz, Asena, Didem, Tulay Karaca, Birgul Beray, Reyhan e Tanyeli, além de dançarinas estrangeiras como Artemis (EUA) e Eva Cernik (EUA).

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Dança do Ventre - Etilo Americano Contemporâneo

Muitas dançarinas americanas e outras dançarinas em todo o mundo dão continuidade à eclética tradição do Estilo Americano de Dança do Ventre, fundindo vários elementos de diferentes culturas do Oriente Médio. Muitas delas levaram a coisa mais adiante e incorporaram elementos como Jazz, Balé, Dança Moderna, Dança Latina, Dança Espanhola e Flamenco, Dança Cigana, Hip Hop, Dança Indiana, etc. Além disso, as dançarinas procuraram viajar para o Oriente Médio para saber o que as comunidades de dança do Egito, Líbano e Turquia estão desenvolvendo atualmente.
Enquanto as dançarinas continuam tendo um forte vocabulário com base árabe ou turca em seu repertório, uma grande variedade de fusões é aceita sob o título de "Dança do Ventre". Dessa forma, há também uma tendência maior de apresentações no estilo teatral.
Ainda que existam estilos definidos de Dança do Ventre, há uma constante troca de elementos entre todos eles. Muitas dançarinas que poderiam se encaixar na categoria de Estilo Americano podem ao mesmo tempo se encaixar em outro estilo. Por exemplo, a dançarina Jillina, coreógrafa do Belly Dance Super Stars, inclui uma boa dose de fusões em suas coreografias em grupo, mas como dançarina solo utiliza um estilo próximo do que pode-se chamar de Estilo Egípcio Moderno.
Algumas notáveis dançarinas e alguns grupos que realmente representam as tendências da Dança do Ventre Americana Contemporânea incluem: Suhaila Salimpour, Belly Dance Super Stars, Bellyqueen, Dalia Carrella (para sua "Dunyavi Gipsy"), Elena Lentini e Tamalyn Dahlal (para as suas apresentações teatrais), para citar apenas alguns nomes.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Dança do Ventre - Estilo Americano

Ao longo do século XX, surgiram casas noturnas de imigrantes do Oriente Médio onde vários deles se reuniam para apreciar a música e a dança de seus países. Geralmente, eles eram um grupo misto formado por árabes, armênios, turcos, gregos e persas. A música seria uma mistura de canções populares de todas essas diferentes culturas. As dançarinas eram as próprias imigrantes e, mais tarde, seriam americanas que se apaixonaram pelo Oriente Médio após conhecerem sua cultura, música e dança. Elas aprenderam através de filmes, postais, pinturas e qualquer outra coisa que chegasse às suas mãos. E assim surgia um estilo único de Dança Oriental que misturava influências de diferentes países do Oriente Médio e muita imaginação.
Algumas das características que diferenciam o Estilo Americano, além de uma grande mistura de elementos de várias culturas do Oriente Médio, incluem uma maior utilização dos snujs, danças com véus, espadas e cobras. Alguns nomes importantes desse estilo incluem Nejla Ates, Ozel Turkbas, Semra, Morocco, Serena Wilson, Ibrahim Farrah, Bert Balladine, Jamila Salimpour, Nakish, dentre muitos outros. Da nova geração, Ansuya e Piper são grandes representantes do Estilo Americano.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Dança do Ventre - Tribal Fusion

O Tribal Fusion é um estilos derivado do Estilo Tribal Americano que inclui o Tribal Fusion e a Dança do Ventre Tribal Moderna. Estes, por sua vez, utilizam bastante da estética do tribal americano. No entanto, em vez de ter como base a improvisação, as danças do Tribal Fusion são geralmente coreografadas. Os estilos se fundem ainda mais com outras formas de dança como break dance, hip hop, dança indiana, polinésia, do Oeste Africano, entre outras. Além disso, usam músicas contemporâneas como breakcore e etno-rock. O Tribal Fusion é ainda fortemente influenciado pelo Yoga, tendo muitas de suas dançarinas como praticantes da modalidade. Alguns nomes conhecidos incluem Rachel Brice e o Indigo, Zafira Dance Company, Unmata, Jill Parker e o Ultra Gipsy e Ashara.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Dança do Ventre - Diferentes Estilos - Tribal

Carolena Nericcio, criou um grupo de dança em São Francisco (Califórnia, EUA) com o nome de 'FatChanceBellyDance'. Com uma estética alternativa e o desenvolvimento de um estilo codificado de improvisação, o grupo rapidamente ganhou popularidade mundo afora ao trazer uma nova forma de dança no mundo Belly Dance: o estilo Tribal. A música usada era de origem norte-africana, indiana, turca e árabe. As roupas traziam elementos da India, Turquia, Afeganistão e África do Norte. Tudo isso misturado aos movimentos trazidos do estilo americano, do Flamenco e da dança indiana. As tatuagens também são muito populares entre as dançarinas de tribal. Algumas dançarinas diferenciam o puro FatChance e o Estilo Tribal Americano do Estilo Tribal Improvisado. Como bailarinas de tribal conhecidas, pode-se citar Carolena Nericcio do FatChanceBellyDance, Kajira Djoumahna do BlackSheep BellyDance e Paulette Rees-Denis do Gypsy Caravan.
Email: dahramahaila@hotmail.com

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Dança - Estudando os rítmos

(Dicas da grande bailarina - Soraia Zaied)

1. Estude os ritmos:

Conhecendo música, você aprende a identificar os ritmos e seus compassos. Cada um pede um tipo de movimentação e ocupação espacial, por isso, com o ouvido treinado você identifica rapidamente os ritmos já sabe como dançar. Eis o começo. Para saber mais sobre ritmos, nos posts de 2006 tenho vários textos sobre musicalidade, estão resumidos mas já ajudam um pouco. Exemplo: Os ritmos rápidos, em sua maioria, pedem deslocamentos e poucos movimentos isolados, os médios pedem uma dança mais centrada com mais movimentos e uma utilização espacial mais limitada. Os ritmos lentos pedem pouca movimentação e mais movimentos isolados e performáticos. Foi um meeega resumo, mas a lógica é por aí.

2. Leia os instrumentos.
Assim como os ritmos são nosso norte no aproveitamente espacial e no tipo de passos utilizados, os instrumentos nos dizem como vamos 'rechear' essa movimentação. Exemplo: Usamos tremidos diferentes para o kanoun, para o alaúde ou para a aceleração do acordeom. A flauta pede uma ondulação mais leve do que o violino e este por sua vez, pede uma ondulação menos intensa que o teclado. Identificando os instrumentos você já sabe o que vai colocar por cima dos ritmos. Os dois trabalham juntos, em harmonia.

3. Fique íntima das melodias.
A melodia é a alma da música. A mensagem do compositor e a carga emocional são traduzidas pela leitura melódica que fazemos. Para ler bem as melodias precisamos acostumar os ouvidos com a música árabe. Não só ouví-la no carro ou em festas, mas parar para escutá-la e sentir o que ela quer transmitir. Parece papo de gente doida, mas esses momentos a sós com a música são imprescindíveis. Assim você cria mais intimidade com a música árabe e fica mais fácil de prever sua oscilações, breaks ou mudanças. Exemplo: Nós sabemos com antecedência quando uma música brasileira vai oscilar, subir ou descer as notas. Está na nossa raíz cultural, ouvimos desde pequenos. Temos que nos esforçar para criar essa mesma sintonia com as músicas árabes. Esse é um dos motivos pelos quais invejamos a leitura musical das egípcias, assim como elas invejam nossa intimidade com o samba.

4. Repertório de passos.
Para cada ritmo e para cada instrumento, com treino, você cria seu repertório - conjunto de passos que você guarda na manga para certos momentos. Nesse ponto damos muito valor ás sequências e coreografias que aprendemos, que mesmo sistematizadas, desenvolvem nosso raciocínio e nossa inteligência corporal (além de lateralidade, auto-percepção, agilidade mental e física, etc). As sequências são SEMPRE aproveitáveis. Se sua professora passou uma sequência em sala de aula, em um ritmo binário, tenha certeza que ela vai servir pro próximo improviso em binários que você precisar fazer. Claro que ela sofrerá alguns ajustes, mas garanto que vai encaixar direitinho. Sabe aquela sensação que nos dá no meio do improviso, e pensamos: O que colocar agora??? É só lembrar das sequências estudadas!! E aquele passo bacana que a professora passou, você pode reservar para o auge da música que você está improvisando.