“Na profundidade da alma existe uma canção que não pode ser expressa em palavras”. A dança é uma forma de expressão que fala por si só. (Kalil Gibran)

Dahra Mahaila Bellydancer

Dahra Mahaila Bellydancer

Descubra a Dança do Ventre

A você mulher que sempre quis saber os mitos e as verdades sobre a dança do ventre, vai encontrar aqui todas essas respostas e um pouco mais. Através deste blog vou passar a vocês um pouco da minha experiência com a dança e porquê me apaixonei por ela. Quem sabe você também não se apaixona e venha à fazer parte deste mundo de mulheres lindas, maravilhosas, alegres, felizes, bem resolvidas, cheias de energia, confiantes e poderosas com a dança do ventre.
Dahra Mahaila (25/03/2010)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Dança - Estudando os rítmos

(Dicas da grande bailarina - Soraia Zaied)

1. Estude os ritmos:

Conhecendo música, você aprende a identificar os ritmos e seus compassos. Cada um pede um tipo de movimentação e ocupação espacial, por isso, com o ouvido treinado você identifica rapidamente os ritmos já sabe como dançar. Eis o começo. Para saber mais sobre ritmos, nos posts de 2006 tenho vários textos sobre musicalidade, estão resumidos mas já ajudam um pouco. Exemplo: Os ritmos rápidos, em sua maioria, pedem deslocamentos e poucos movimentos isolados, os médios pedem uma dança mais centrada com mais movimentos e uma utilização espacial mais limitada. Os ritmos lentos pedem pouca movimentação e mais movimentos isolados e performáticos. Foi um meeega resumo, mas a lógica é por aí.

2. Leia os instrumentos.
Assim como os ritmos são nosso norte no aproveitamente espacial e no tipo de passos utilizados, os instrumentos nos dizem como vamos 'rechear' essa movimentação. Exemplo: Usamos tremidos diferentes para o kanoun, para o alaúde ou para a aceleração do acordeom. A flauta pede uma ondulação mais leve do que o violino e este por sua vez, pede uma ondulação menos intensa que o teclado. Identificando os instrumentos você já sabe o que vai colocar por cima dos ritmos. Os dois trabalham juntos, em harmonia.

3. Fique íntima das melodias.
A melodia é a alma da música. A mensagem do compositor e a carga emocional são traduzidas pela leitura melódica que fazemos. Para ler bem as melodias precisamos acostumar os ouvidos com a música árabe. Não só ouví-la no carro ou em festas, mas parar para escutá-la e sentir o que ela quer transmitir. Parece papo de gente doida, mas esses momentos a sós com a música são imprescindíveis. Assim você cria mais intimidade com a música árabe e fica mais fácil de prever sua oscilações, breaks ou mudanças. Exemplo: Nós sabemos com antecedência quando uma música brasileira vai oscilar, subir ou descer as notas. Está na nossa raíz cultural, ouvimos desde pequenos. Temos que nos esforçar para criar essa mesma sintonia com as músicas árabes. Esse é um dos motivos pelos quais invejamos a leitura musical das egípcias, assim como elas invejam nossa intimidade com o samba.

4. Repertório de passos.
Para cada ritmo e para cada instrumento, com treino, você cria seu repertório - conjunto de passos que você guarda na manga para certos momentos. Nesse ponto damos muito valor ás sequências e coreografias que aprendemos, que mesmo sistematizadas, desenvolvem nosso raciocínio e nossa inteligência corporal (além de lateralidade, auto-percepção, agilidade mental e física, etc). As sequências são SEMPRE aproveitáveis. Se sua professora passou uma sequência em sala de aula, em um ritmo binário, tenha certeza que ela vai servir pro próximo improviso em binários que você precisar fazer. Claro que ela sofrerá alguns ajustes, mas garanto que vai encaixar direitinho. Sabe aquela sensação que nos dá no meio do improviso, e pensamos: O que colocar agora??? É só lembrar das sequências estudadas!! E aquele passo bacana que a professora passou, você pode reservar para o auge da música que você está improvisando.