“Na profundidade da alma existe uma canção que não pode ser expressa em palavras”. A dança é uma forma de expressão que fala por si só. (Kalil Gibran)

Dahra Mahaila Bellydancer

Dahra Mahaila Bellydancer

Descubra a Dança do Ventre

A você mulher que sempre quis saber os mitos e as verdades sobre a dança do ventre, vai encontrar aqui todas essas respostas e um pouco mais. Através deste blog vou passar a vocês um pouco da minha experiência com a dança e porquê me apaixonei por ela. Quem sabe você também não se apaixona e venha à fazer parte deste mundo de mulheres lindas, maravilhosas, alegres, felizes, bem resolvidas, cheias de energia, confiantes e poderosas com a dança do ventre.
Dahra Mahaila (25/03/2010)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Dança do Ventre com Fan Veil

Fan Veil: Leque de seda para a dança do ventre, além de mais um elemento, é a marca de uma fusão com a dança tradicional oriental. Não se tem uma definição de onde começou a dança que conhecemos por Fan Veil, ou véu leque, mas há um indício de que sua origem tenha sido na dança oriental coreana e japonesa, Buchaechum (coreana) e a Odori (japonesa).
A dança com o véu leque seria uma combinação da dança oriental com a dança do leque coreana Buchaechum (fan dance). Sendo que foi adaptado um véu de seda pura ao leque para dar ênfase aos movimentos.
O fan véu começou a aparecer na dança do ventre por volta de 2003. Época em que vários grupos de dança chinesa começaram a se apresentar com frequência nos E.U.A, e pode ter influenciado as praticantes da dança do ventre a fazerem essa fusão.
A fusão permite criar algo novo e diferente, como performances mais arrojadas na dança do ventre. Acredita-se que foi assim que os movimentos da dança chinesa se fundiram muito bem com os movimentos da dança do ventre.
Atualmente o Leque com véu de seda é a última moda entre as dançarinas de dança do ventre do mundo todo. A beleza encantadora dele, o efeito que proporciona quando movimentado com destreza e graciosidade é um ponto alto no show.
A dança com os fans (leques) é uma oportunidade para aqueles que querem experimentar a fusão dos movimentos da dança do ventre, com ritmo coreano ou japonês. Quando bem trabalhados, ficam maravilhosos!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Entre o Amor-Próprio e a Arrogância

Todo mundo já recebeu elogios e críticas na dança do ventre. Mas incrivelmente para algumas pessoas as críticas são inaudíveis! É como se toda crítica fosse à verdade uma expressão da inveja alheia, da necessidade que os outros têm de derrubar aquilo que é belo, bom, incrível, ou simplesmente o melhor. A dança do ventre como qualquer outra arte precisa ser lapidada em nosso corpo a fim de que possamos expressar toda a sua beleza, e não ser somente um veículo para mostrar o quanto nos amamos a nós mesmos!
E sabe o que é mais bizarro nisso tudo? É esse ser mortal que se julga acima do bem e do mal, que encara todos como ser inferior e ignorante acredita piamente que ser assim é se valorizar é se amar, e mais ainda: é trazer à dança do ventre a sua essência, é representá-la da forma genuína! Isso é arrogância! É pensar que o conhecimento e o talento se adquirem só por você gostar de uma coisa, ou porque você nasceu naturalmente embebido desse dom fantástico que é dançar, e não por dedicação!
Talvez vocês pensem que eu encontrei alguém assim, ou então que eu esteja revoltada com a vida em geral. Nem uma coisa nem outra.
O que eu queria mesmo era falar sobre essa necessidade de perfeição, de buscar a perfeição que a dança do ventre exige.
A dança do ventre não exige só uma técnica perfeita, ela exige também sentimento. Esse é o point: De coração eu digo, quantas bailarinas já vimos dançar do começo ao fim que nos encantam profundamente? E que a técnica fica bem longe da perfeição?
Mas nessa ânsia em se aprofundar, vemos algo que foge um pouco dessa exaltação que toda arte traz: o sentimento. As bailarinas andam tão preocupadas em saber ler tecnicamente a música, que a dança não é mais que bonita. E se prestarmos atenção vemos todas dançando igual. A começar pela postura. E ai entra também um pouco de arrogância nas caras e bocas que elas fazem. Outras fecham uma careta que dá até medo.
Mas enfim, essa busca pela perfeição nunca vai acabar, e ai temos que tomar cuidado para não confundir o nosso amor próprio com a arrogância. Porque a arrogância quando chega, ela toma conta, sobe a cabeça e ai não tem pra ninguém.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

3ª Noite Árabe do Studio Dahra Mahaila

Em Dezembro - vem ai a 3a. Noite Árabe do Studio Dahra Mahaila - Dança do Ventre.
Em breve será lançado o cartaz oficial com todas as informações sobre o evento.

Será uma noite de muita dança, alegria, mistérios e Magia.

Até mais.

Dahra Mahaila

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Homenagem ao meu Pai - Hoje fez 2 meses da sua viagem de volta p/casa!

Ao Meu Pai!
Viver tantas emoções em 4 noites ao lado daquele que eu julgava ser eterno foi para mim a maior experiência da minha vida. Ao ver o seu último olhar, o seu último gesto, ouvir suas últimas palavras, o seu último pedido, até a sua última respiração, era como se fosse um sonho ruim, e que eu iria acordar e nada daquilo estaria acontecendo. Mas, ao acordar eu vi que era real, e aquele que eu amava foi-se para sempre! Olhando o seu corpo ali sem vida, me despedi com um beijo em sua face já fria e me sentindo tão perdida, tão sem rumo e com o coração em pedaços. Porque, por mais que saibamos que este é um destino certo e inevitável, queremos de alguma forma alterar este acontecimento. Prolongar talves, por egoísmo nosso, a vida daqueles que amamos para sempre. A dor é imensa, como que se jamais vai acabar. E o vazio no coração é indescritível. Mas um dia essa dor se transformará em saudades, e ai guardaremos no coração todos os momentos bons e felizes que passamos juntos, e então passaremos a recordá-los com imensa saudade daquele que um dia foi o meu pai!
A sua tão sonhada e desejada viagem aconteceu pai! Hoje 20/08/10 as 7h30 da manhã. Desejo-lhe toda a felicidade do mundo porque sei que você só voltou para casa, e que essa nossa separação é apenas momentânea, e que um dia iremos nos encontrar novamente!
Sei que nada vai substituir a tua figura sempre desvelada. Nem mesmo o esquecimento haverá de apagá-las da minha memória e do meu coração. Porque sei que o amor está na alma e a alma é imortal.
Te amo muito pai! E sempre vou te amar! Em meu coração o Sr. viverá para sempre!
25 de agosto de 2010 21:42

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dança do Ventre - Vulgar?

Qual dançarina já não ouviu aquela perguntinha boba, desagradável e maliciosa a respeito de sua dança? Dos movimentos sinuosos e sensuais? Do por que daquela roupa linda, glamorosa e sensual? O que o seu marido ou namorado pensa disso? De você dançar para um monte de gente? ... blá, blá, blá... Enfim, um bando de gente sem noção, não é não? Principalmente o lado masculino que olha e observa tudo com certo olhar maldoso e malicioso. Eles adoram ver um lindo show com mulheres maravilhosas dançando, mas, a mulher dele não pode, porque a dança é muito sensual. Fala sério, ninguém merece!E, é verdade que ainda há muita gente que não vê a dança do ventre como um estilo de dança, que vêem dançarinas como se fossem odaliscas!
Agora vamos combinar, será que essa depreciação não poderia ser um pouco culpa das suas próprias seguidoras? Quantas mulheres não vêem se colocando como objeto sexual, se exibindo como tal enquanto dançam, deturpando toda a luta pela independência feminina, pela conquista de direitos às mulheres, trazendo a igualdade perante os homens para o campo puramente sexual e não como uma arte séria e valorosa perante a sociedade? Quantas mulheres literalmente se expõem como produtos de consumo, e pouco se importam em ser encaradas sem respeito?
Estes mesmos pensamentos também invadem a dança do ventre, uma área majoritariamente composta por mulheres, que para se promover lançam um apelo maior ao erotismo do que a cultura, usando seus estilos, corpos e principalmente figurinos para atrair um público mais interessado nas curvas das belas bailarinas do que na expressão da música, na sua interpretação e sua arte.
Existem várias comunidades no Orkut e Blogs que pensam a mesma coisa que eu, a mesma coisa que nós que levamos essa arte a sério. Há diversos relatos de bailarinas e a insatisfação de termos de ser comparadas a quem desvaloriza a própria arte.
O figurino da dança do ventre é sensual; a arte da dança do ventre é a busca desta sensualidade feminina, mas não a sua vulgarização! Quando dançamos para um público, não estamos lá para satisfazer nenhuma fantasia sexual, estamos lá divulgando a cultura árabe, a nossa paixão e dedicação pela dança e pela E podemos dizer que é frustrante não sermos compreendidas!
Nós, antes de qualquer pessoa, devemos valorizar a nossa dança! Sim porque, a dança do ventre é uma arte da sedução, e porque não dizermos que nós nos tornamos mais autoconfiantes, mais sensuais, e podemos sim usar essa arte e dançar para os nossos maridos ou namorados para encantá-los, sem contar que melhora e aumenta a nossa autoestima, modela nosso corpo e nossa alma.
Agora como profissionais, nós devemos usar esta técnica como uma arte, e não se expor como musas sexuais, mesmo que ainda seja um público muito pequeno que possa apreciar isso.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A Dança do Ventre com Espada

A dança com espada é uma variação da Dança do Ventre, ou seja, uma modalidade, na qual a dançarina dança com uma espada, feita especialmente para isso. É uma dança cheia de graça, charme, delicadeza e harmonia.
É também uma dança que exige muito equilíbrio, porque há movimentos em que se a dançarina equilibra a espada em diferentes partes do corpo, além de exigir força, já que a espada é um pouco pesada.
A dançarina pode equilibrar a espada na cabeça, na mão, na cintura, no busto, no abdômen, e na perna enquanto dança. Sem se esquecer também da graciosidade e do charme presentes nesta dança.
Além de equilibrar a espada, a bailarina também executa movimentos com a espada no ar e realiza outros movimentos característicos da dança do ventre como oitos, redondos, ondulações, shimis, dentre outros.
Movimentos de chão podem ser feitos, tomando-se sempre o cuidado com a roupa, para não estragá-la, e para que não saia do lugar, mostrando a calcinha, por exemplo.
Esta dança não requer ritmos ou trajes específicos, mas devem-se evitar os ritmos folclóricos. Geralmente a dança com espada é executada com um ritmo mais lento, sendo que a música pode apresentar algumas partes rápidas.

Comentários! Email: dahramahaila@hotmail.com

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A Dança do Ventre e a Música Árabe

Basicamente exitem cinco estilos diferentes de música árabe para a dança do ventre: músicas modernas, músicas folclóricas, músicas clássicas, solos de percussão e taksin.
É importante que a bailarina de dança do ventre conheça as diferenças entre as músicas e saiba identificá-las, para não realizar danças em músicas inadequadas.
E depois é importante que ela acompanhe com seus movimentos as marcações musicais, gerando assim uma sintonia entre o que se ouve e o que se vê, ou seja, causando assim a impressão de que os sons são emitidos pelo próprio corpo da bailarina.
As músicas modernas geralmente são lineares, não oferecendo grandes mudanças. Costumam apresentar um ritmo só do início ao fim, e o mais comum é o ritmo said, embora às vezes possa ter também o baladi e o malfuf. Geralmente elas são cantadas, e como exemplos de cantores modernos temos Ehab Tawfic, Amr Diab, bem como Nancy, só para citar alguns.
Por não apresentar grandes variações, este tipo de música é o mais adequado para aquelas que estão começando a dançar, e que provavelmente sentirão dificuldades com uma música clássica, por exemplo.
- Música Moderna - Nancy Ajram - Ah W Noss:
- Músicas folclóricas são aquelas adequadas para as danças folclóricas árabes dos mais diversos países, como a dança da Bengala, o Khaleege, entre outros. Entre os ritmos mais presentes estão o Said, o Malfuf, Falahi, o Soudi, o Ayubi.
Estes ritmos também podem estar presentes em outros estilos de música árabe, como as modernas e as clássicas. Ou seja, não é o ritmo que caracteriza o tipo de música. Na música folclórica muitas vezes há a flauta Mizmar, aquela cujo som é agudo e se assemelha a um “mosquito”.
- Músicas clássicas: são as músicas mais longas, podendo ter até 12 minutos de duração. São também as mais difíceis de dançar, pois apresentam muitas variações de ritmos, velocidades e instrumentos, exigindo da bailarina, portanto, uma variedade de passos e bem como habilidade para marcar as nuances da música.
Geralmente começam com uma grande entrada, na qual a bailarina se apresenta ao público, fazendo deslocamentos, e podendo entrar com véu. E a música finaliza com essa mesma parte em que se iniciou, e é onde a bailarina se despede do público. No meio da música clássica, os ritmos e os instrumentos variam bastante, e geralmente pode aparecer um solo de percussão, um taksin, uma parte cantada, ou uma parte folclórica. E neste caso cabe à bailarina saber interpretar bem cada momento deste estilo de música grandiosa.
- Música Clássica - Hossam Ramzy - Aziza:
Nos solos de percussão, como diz o nome, só há percussão, não há voz e não há nenhum outro instrumento melódico. O principal instrumento de percussão é o derbak, então ele quase sempre estará presente em um solo.
No entanto, provavelmente também haverá algum pandeiro, podendo ter também snujs. Neste tipo de música a bailarina precisa marcar bem as batidas de percussão na música, já que ela será composta somente por sons batidos. Por isso, este tipo de música requer certa habilidade da bailarina, e para que não perca as batidas da música é recomendado que a dança seja coreografada.
- Solo de Percussão - Hossam Ramzy - Mash'allah:
O taksim é um tipo de música onde há apenas o som de um instrumento melódico, que pode ser o violino, ou acordeon, ou uma flauta, ou alaúde, ou kanoun, entre outros. Nesta música o músico está improvisando, o que significa que o que está tocando não está escrito, e que não voltará a se repetir da mesma maneira.
No taksin pode haver acompanhamento de um instrumento de percussão ou não. É um estilo de música que requer da bailarina movimentos mais lentos, contidos, com poucos deslocamentos em cena.
Há trechos de taksin em uma música clássica bem como há músicas inteiras de taksin.
Comentáiros! Email: dahramahaila@hotmail.com

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dança - Tirar prazer do processo de aprendizagem

O caminho se faz caminhando.
O caminho é sempre mais importante do que a meta final. Esta meta é apenas um limite que nos auto-impomos mas que, em si, nada tem a nos ensinar. É apenas um segundo projetado no futuro que pode nos estimular mas que , por si só, não nos traz grandes benefícios.
Usufruir com prazer de todos os momentos que a aprendizagem nos oferece é a melhor forma de encarar todo o processo de crescimento.

Viver o AQUI e o AGORA e tirar o máximo partido do potencial de bem-estar e deleite que a dança do ventre nos oferece.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Dança do Ventre - A essencia da música árabe

Conhecer UMA música especificamente, de trás para frente, não vai significar que estaremos colocando nossa sensibilidade na interpretação desta. Há pessoas que esquecem que tem sensibilidade, ou não a desenvolveram como deveriam, e viram robozinhos dançando, com todo o conhecimento da língua, da técnica, da história da dança, da música e do compositor.

Quando dançamos uma determinada música, temos as chances para a interpretarmos pelo nosso momento. Aquele instante único. Amanhã, ao dançar a mesma música, a bailarina pode dar uma nova interpretação para ela. Mas para interpretar uma música desconhecida, é necessário domínio da técnica da dança, para não se preocupar com o passo e se entregar ao trabalho de detectar os novos sons. Um ouvido treinado ajuda muito, mas sem usar a tal da sensibilidade, vamos voltar ao estágio robótico.

Então, se desconhecemos a música por completo, sua história, sua autoria, sua linha melódica, suas nuances, então não a podemos interpretar? Claro que podemos!!!!!!! E é exatamente assim que aprendemos a conhecer a música.

Exemplo: se imagine ouvindo rádio e de repente toca uma música que você nunca tinha ouvido na vida, mas você fica simplesmente apaixonada por ela. Assim, de imediato! Bom, acontece comigo todos os dias. E isso é a prova de que a sua sensibilidade detectou algo naquela música e a fez se apaixonar. Se ela vai te passar tristeza ou alegria, vai ser algo seu, único.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Dança do Ventre - Interpretação

Ninguém é obrigado a interpretar uma música de forma igual ao outro, ou mesmo ao compositor. Porque nós temos um repertório pessoal, durante toda nossa vida nós vamos colecionando experiências, emoções, sensações e criamos um mundo único e inimitável. É desse seu mundo particular que vai sair a sua interpretação e a sua capacidade artística. Nossa experiência de vida é fator crucial nisso tudo.

Então, sim, nós somos capazes de interpretar qualquer coisa, conhecida ou não, porque somos seres sensíveis. Nem todos são capazes de dançar ballet, claro, pois para isso é necessário aprender a técnica, nem todos são capazes de cantar profissionalmente, pois para isso é preciso talento e boas cordas vocais, nem todos são capazes de atuar, pois também aí envolve um estudo longo para se chegar a um bom resultado, e vai também aquela boa pitada de talento... mas todos somos capazes de sentir.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Dança do Ventre - Música e Sensibilidade

Quando dançamos uma determinada música, temos as chances para a interpretarmos pelo nosso momento. Aquele instante único. Amanhã, ao dançar a mesma música, a bailarina pode dar uma nova interpretação para ela. Mas para interpretar uma música desconhecida, é necessário domínio da técnica da dança, para não se preocupar com o passo e se entregar ao trabalho de detectar os novos sons. Um ouvido treinado ajuda muito, mas sem usar a tal da sensibilidade, vamos voltar ao estágio robótico.

Então, se desconhecemos a música por completo, sua história, sua autoria, sua linha melódica, suas nuances, então não a podemos interpretar? Claro que podemos!!!!!!! E é exatamente assim que aprendemos a conhecer a música.

Exemplo bobo: se imagine ouvindo rádio e de repente toca uma música que você nunca tinha ouvido na vida, mas você fica simplesmente apaixonada por ela. Assim, de imediato! Bom, acontece comigo todos os dias. E isso é a prova de que a sua sensibilidade detectou algo naquela música e a fez se apaixonar. Se ela vai te passar tristeza ou alegria, vai ser algo seu, único.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Dança - Arte e Sentimento

A dança do ventre é uma arte de puro sentimento.
E cada um vai, sim, achar uma maneira de sentí-la. No caso da música, talvez seja preciso preparar seu ouvido, não para uma música especificamente, mas para todos os sons. Talvez seja preciso reservar um tempinho só para ouvir. De tudo e com atenção. Para perceber as possibilidades que a música nos oferece (não uma, mas todas as músicas).
Reservar um tempinho para sentir, para ouvir a música e deixar que seu sentimento venha à tona - que chore, que ria... Nosso ouvido vai ficando acostumado, e esses pequenos prazeres vão se tornar parte do nosso repertório pessoal e nos ajudar a deixar nosso sentimento natural fazer e acontecer!!!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Dança - Abrir o coração e perder medos

Este ponto é um dos mais sensíveis e aquele que considero um dos mais importantes por ser aquilo que dá ou tira conteúdo, forma e significado à dança de cada um.

Se não perdermos o medo de nos expôr física, emocional e psicologicamente, a dança oriental passa-nos ao lado.

Mostrar quem somos, vulnerabilizando-nos através da dança, é dos passos mais corajosos e assustadores que se podem tomar mas é também dos passos que mais benefícios e alegrias nos traz pois carrega em si o potencial de nos libertar, de sermos mais NÓS MESMOS, de sermos MAIS FELIZES na nossa pele e aceitarmo-nos partilhando com os outros tudo o que levamos dentro de nós. Grande CHAVE para a aprendizagem desta maravilhosa arte.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A Técnica e a Criatividades na Dança do Ventre

Desde os primórdios, a dança do ventre em diferentes civilizações, era até certa época uma prática livre como expressão de sentimentos ou como rituais sagrados. Para cada ocasião, existia uma dança diferente. Mas aos poucos a dança foi perdendo seu sentido sagrado para se transformar em algo de mero divertimento. A Dança começa a sofrer várias transformações de acordo com a época. E foi a partir dos anos 400 que começam a surgir às primeiras técnicas em dança do ventre, partindo-se da concepção de uma melhor exploração dos movimentos.

E ai vem aquela pergunta que não quer calar. Mas afinal, o vem a ser a técnica na dança do ventre?
Bem, a técnica é a maneira de executar os movimentos organizando-os afim de obter um determinado resultado. A partir daí facilitando a expressão corporal e os desenvolvimentos coreográficos, bem como, uma improvisação.
Mas a Técnica é realmente necessária? Mas é claro que sim. Porque, é através da técnica que ensinamos o nosso corpo a executar os movimentos de maneira correta sem machucar articulações e músculos. É através da prática e da técnica que os movimentos se tornam mais soltos e naturais. E desde então se passou a exigir uma maior necessidade de estudos e aprimoramentos cada vez maior dos movimentos.
A técnica tem o objetivo de facilitar o desenvolvimento da dança, mas a expressão do sentimento é o ponto que leva a dançarina à fluidez de sua apresentação. Conforme Martha Graham: "a técnica é o que permite ao corpo chegar a sua plena expressividade".
Juntamente com a Técnica, veio também a necessidade de um orientador, que é aquele o qual tem a responsabilidade de ensinar seus conhecimentos respeitando o corpo, as dificuldades e limitações de cada um, mas sempre incentivando a não imitar tais movimentos mecanicamente, mas, sempre seguindo os estímulos vindos de seu próprio coração.

A Dança sob qualquer aspecto, deve sempre ser entendida como uma forma de crescimento interior, de conhecimento e aprendizado. Além do aprendizado técnico prático, existe a necessidade da atualização teórica e, para isso existem várias opções onde a dançarina pode se apoiar, sempre com a orientação de sua professora ou por pesquisa de interesse próprio.
O aprendizado prático exige esforço, tempo e estudo. É necessária a atualização constante através de aulas práticas, workshops, estudo de vídeos de dançarinas nacionais e internacionais. E também, é muito importante estudar com diferentes coreógrafos, estudar diferentes técnicas a fim de construir seu estilo próprio e evitar seguir padrões pré-estabelecidos.

A técnica passa então a fazer parte do seu modo de ser e como diz Klauss Vianna: “Eu não danço, eu sou a dança”.

E segundo Lulu Sabongi: “A técnica não deve jamais superar a criatividade”.

Agora, não adianta à dançarina ter um a técnica impecável sem a criatividade. Porque, sem a criatividade a dança passa a ser uma mera apresentação e sem graça nenhuma, como um robô. Por isso, é também muitíssimo importante a criatividade e o sentimento na hora de dançar. Se não, a dançarina é somente uma figura sem expressão.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Dança do Ventre com Flores

A dança das flores é uma dança festiva e comemorativa, na qual a bailarina dança com um cesto de flores ou de pétalas de flores.
Dizem que esta dança surgiu na época em que as camponesas egípcias trabalhavam na colheita de flores durante a primavera, e para amenizar o trabalho, cantavam e dançavam.
Mais adiante, tornou-se uma dança comum nas festas populares.
É uma dança delicada e alegre. Boa para começo ou abertura de show, bem como para comemorações especiais como dia dos namorados, dia das mães.
Não há trajes, ritmos ou músicas especificas, mas sugere-se dançar ao som de músicas alegres e que tratem de temas relacionados a flores ou colheitas.
Enquanto dança, a bailarina pode segurar o cesto de flores na cabeça, no ombro, ao lado do quadril, etc. Pode prender uma flor entre os dentes, bem como movimentar e segurar a saia enquanto dança.
A entrega de flores ou pétalas ao público durante a dança é comum também, e acrescenta um charme à apresentação.
Dicas de movimentação:
-segurar a cesta com uma mão e a outra colocar na cintura, e fazer alguns movimentos de quadril como básico egípcio e oitos;
-fazer desenhos no ar (como círculo por exemplo) com o cesto nas duas mãos.
-segurar o cesto sobre um ombro e fazer básico egípcio e oitos;
-segurar o cesto com as duas mãos e aproximá-lo do movimento de quadril, por exemplo do básico deslocando;
-segurar o cesto acima da cabeça e fazer oitos;
-colocá-lo no chão e dançar próximo a ele antes de pegá-lo novamente.
Comentários! Email: dahramahaila@hotmail.com

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Dança do Ventre no Terceiro Setor

A Dança do Ventre no terceiro setor: a recuperação do papel social.
As artes são sempre citadas como uma forma de inclusão social. Podemos citar, o balé, a dança contemporânea e principalmente a dança de rua figuram entre as principais modalidades exploradas por organizações não-governamentais que tem na arte e na cultura suas principais ferramentas de trabalho. O glamour, o luxo e o brilho muitas vezes espalhados aos quatro cantos por praticantes e escolas de Dança do Ventre acabam tirando do campo de visão de muitos profissionais e possíveis praticantes as possibilidades terapêuticas e principalmente sociais que a dança traz.
A prática da Dança do Ventre eleva a autoestima ferida pelo tempo e pelas dificuldades da vida. Ao se olhar no espelho ao longo dos minutos de aula é visível no olhar de cada uma a descoberta diária em cada nova ondulação, cada curva e cada batida que seu corpo pode mostrar. É pelo corpo que essas mulheres exprimem de forma silenciosa o que a sociedade há tempos calou. Seja sua sensualidade, seu espírito de romantismo, seu lado moleca ou mesmo a sua deusa interior. As batidas agressivas viram formas de exprimir seus retornos às adversidades da vida e, aos poucos, o equilíbrio vai voltando a reinar. Mente e corpo finalmente se encontram.
Os espaços do terceiro setor, que atendem a comunidades carentes, muitas vezes são povoados por mulheres vítimas de violências. Seja violência moral ou física, em ambiente doméstico ou de trabalho, o fato é que a maioria passa por abusos e condições de difícis sobrevivência. Nesses espaços livres, as marcas expostas de seus corpos e suas almas passam despercebidas por elas mesmas na beleza da sinuosidade dos movimentos, nos redondos de quadris e flutuações de braços. É o momento de esquecer da dor e entender que aquilo que elas vêem no espelho e sentem em seus corações as pertencem e são de seu total domínio.
Nesse formato, elas reagem de forma muito mais afirmativa como donas de seus corpos, suas mentes e seus destinos. As experiências com a auto observação e a consciência corporal levam a uma autodeterminação física e intelectual que contribuem para o aumento da consciência de seu papel social como mulher, profissional, mãe e, principalmente, como indivíduo atuante em suas comunidades e na sociedade como um todo.
Comentários! Email: dahramahaila@hotmail.com

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A Dança do Ventre com Snujs

Os snujs são címbalos de metal, usados um par em cada mão. Um deles se prende ao dedo médio e o outro ao dedão por meio de um elástico. O elástico não deve estar muito solto para não cair, e nem muito apertado para não prender a circulação sanguínea.
Eles podem ser tocados pelos músicos, ou então pela própria bailarina enquanto dança. Neste caso, requer grande habilidade da bailarina, que deve dançar e tocar ao mesmo tempo.
É um instrumento percussivo que pode acompanhar a música toda, apenas algumas partes e/ou os breaks (paradas) da música. Geralmente as músicas mais indicadas são as mais aceleradas, mais animadas, com ritmos ou floreados bem marcados. Não é indicado tocar em taksins ou qualquer outro momento lento da música.
Os snujs dão um incremento à dança, já que dinamizam o ritmo e dão floreado à música. Mas é preciso conhecer bastante a música e treinar bem os toques para que o som fique bom. Pois caso contrário, a música e a dança ficarão poluídas.
Existem snujs prateados ou dourados, lisos ou com desenhos, pequenos, médios ou grandes. A escolha depende da preferência de cada um, bem como da habilidade, pois os snujs maiores requerem mais treino.
Com o tempo os snujs podem escurecer ou ficar esverdeados e para voltar à sua cor original, pode-se usar alguns produtos que são vendidos em casas especializadas de instrumentos.
São necessários alguns cuidados com o armazenamento para prolongar a qualidade do som e a aparência dos snujs. Por isso é importante não guardá-los úmidos e deixá-los envolto em algum tecido.
O bom som produzido pelo snuj acontece quando se toca um no outro e logo em seguida o som ainda continua reverberando no ar. Ou seja, quanto mais o som se estender no ar, melhor é a qualidade do snuj.

Comentários! Email: dahramahaila@homail.com

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A Dança do Ventre com Candelabro

A dança do candelabro é uma dança na qual a bailarina usa um candelabro sobre a cabeça. Recomenda-se que haja um véu sobre a cabeça, embaixo do candelabro.
O candelabro pode ter de 7 a 14 velas, dependendo da preferência. Quanto menor o número de velas, menor o candelabro, e mais delicado.
Seu nome egípcio é Raks El Shamadan e sua provável origem é grega ou judaica.
É uma dança antiga que fazia parte das celebrações egípcias de casamento, nascimento e aniversários, como ainda o é em muitos países árabes.
Assim, é comum que uma bailarina entre como em um cortejo à frente dos noivos, dançando com o candelabro. Desta maneira ela procura iluminar o caminho do casal, como uma forma de trazer felicidade para ele. É uma dança que serve para celebrar a vida e a união entre as pessoas.
Não tem traje ou ritmo específico, mas geralmente dança-se ao som do ritmo Zaffe ou na versão mais lenta do Malfuf.
De qualquer forma é importante que a música seja lenta, pelo menos na maior parte do tempo, pois com o candelabro não é possível realizar muita variedade de movimentos rápidos.
É uma dança que requer mais movimentos delicados e sinuosos, além de bastante equilíbrio.
Comentários! Email: dahramahaila@hotmail.com

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Dançarinas boas ou boas dançarinas?

A diferença entre dançarinas boas e boas dançarinas está no amor pela arte de dançar.

Muitas vezes o público não tenha a percepção de notar essa diferença.
Na maioria das vezes querem somente ver uma bailarina com seu lindo e sedutor traje dançando. Para as pessoas leigas isso basta. Não importa se a bailarina tem ritmo ou reconhece os ritmos durante sua apresentação. Para elas se é bonita basta. Principalmente sendo um público masculino.
Mas para nós que não estamos cotadas no conceito de beleza atual, que importa se dançamos bem? Uma ou outra pessoa pode perceber nosso talento, mas a maioria não. Para essas o importante é uma dançarina boa! Rsrsrsrs

Bem, críticas à parte. Vamos combinar!
É claro que não existem somente dançarinas sem talento, pelo contrário! Temos aí várias dançarinas que encantam o público com seu talento, técnica, chame e amor a dança. Essas são as boas dançarinas!
O público não merece ser iludido com uma imagem deturpada da dança do ventre.
Acredito que muita gente pensa que a dança do ventre é chata e desinteressante porque só tem contato com as “barbies” que só prendem a atenção por sua bela aparição, e a dança sai quase como um esforço desesperado de parecer interessante, o que não é: a dança do ventre não é só um corpo, existe toda uma técnica envolvida. Como diz um ditado muito antigo: "Beleza não põe mesa", mas, é preferível encher os olhos do público com a mais linda e bela arte da dança do ventre em seu mais puro talento.
Comentários. Email: dahramahaila@hotmail.com

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A Origem das Odaliscas

Pesquisando sobre dança do ventre, encontrei uma matéria super interessante a respeito da “Origem das Odaliscas”.

Leia a seguir...

A imagem das odaliscas é grande estereótipo da dança do ventre. Mas quem eram estas mulheres? E por que a dança do ventre se relaciona com elas? Primeiramente, o termo odalisca é recente, aproximadamente do séc. XV, antes de serem denominadas "odaliscas", o nome que definia a sua presença na sociedade árabe-islâmica clássica era outro: Jawari (no Egito chamadas de Awalim).
Jawari é o plural de Jariya, que quer dizer, serva. Esta serva poderia possuir duas funções: poderia ser responsável pela casa e pelas notícias da vizinhança, ou poderia ser uma qina, isto é, uma serva para entretenimento, principalmente para cantar. A Jariya que soubesse cantar era disputada no mercado, o que acabou a tornando um artigo de luxo de príncipes e ricos comerciantes, gradativamente alterando seu conceito de "serva" para "concubina".
Eram as Jawari que constituíam os haréns dos sultões, que dançavam, cantavam e conversavam sobre filosofia e poesia para entreter seus senhores. Vários sábios árabes a descreveram em seus livros, como Nafzawi, Al-Jahiz, criando em sua imagem toda uma atmosfera de encantamento e sexualidade. São nos contos sobre as Jawari que surgem os casos de homoerotismo feminino, o que chamaríamos hoje de lesbianismo. Para os muçulmanos clássicos, as mulheres só poderiam sentira-se atraídas sexualmente umas pelas outras se estivessem em haréns, o local onde as Jawari viviam ao lado de todas as mulheres da vida do sultão (mãe, filhas e esposas legítimas).
O harém não representava um local voltado para o sexo, mas um local de convivência secreto, onde somente o senhor e os eunucos que o guardavam poderiam ter acesso, sendo dirigido pela mãe do sultão. As Jawari não eram muçulmanas, mas, sobretudo, cristãs, capturadas em guerras ou pilhagens, e vendidas nos mercados. A concubina que se convertesse ao islamismo, deveria se casar seja com o seu senhor ou com outro designado por ele. A partir do séc. XVI, mesmo aquelas não convertidas poderiam sair do harém e se casarem com homens escolhidos por seu senhor, caso fossem dados como terminados seus serviços ou se nunca tivessem sido requisitadas pelo sultão.
Ainda assim, a condição das Jawari não era das melhores. Diferentemente das Ghawazee, as Jawari eram escravas, não possuíam liberdade ou representação social. Elas ainda poderiam ser compartilhadas por co-proprietários ou mesmo vendidas sucessivamente a novos donos. Para as concubinas comuns, a única forma de conquistarem algum direito era em caso de se tornarem mães (um al-walad), o que lhes garantia a estabilidade ao lado de um único proprietário pelo resto da vida. Já as concubinas do harém poderiam ter a chance de possuírem alguma posição no mundo exterior, porém era muito raro de acontecer. Em ambas condições, por mais que as Jawari não tivessem qualquer controle de sua vida, elas exerciam grande influência sobre seu senhor, algo que pode ser exemplificado pelos diversos discursos que apontam o harém como um local de intrigas e conspirações.
No Império Turco Otomano, as Jawari passaram a ser chamadas de odaliscas (algo como camareiras). O termo odalisca passou também a abarcar aquelas que não eram propriamente concubinas, algo semelhante ao conceito inicial de Jariya. Aquelas que eram belas ou que tinham algum talento para dançar ou cantar, eram treinadas para se tornarem amantes do sultão. Se fossem bem sucedidas na sua arte de sedução, ou como cantoras ou dançarinas, poderiam ganhar algum status fora do harém, sendo utilizadas até mesmo para dar as "boas vindas" aos visitantes do Império.
A partir do séc. XIX, quando as nações europeias passaram a comercializar seus produtos industrializados e a mesmo industrializar os países árabes, as odaliscas tiveram quase um papel diplomático, ao representarem a hospitalidade dos sultões através de seus corpos e de sua dança. A dança do ventre encantou profundamente os imperialistas europeus, que fascinados, passaram a exportar para a Europa algo como um show de cabaret, primeiramente na França sob o nome "Danse du Ventre", nome este que passou a designar toda essa modalidade de dança no mundo ocidental (o nome original é Raqs Sharqi, que quer dizer, Dança do Oriente).
Assim, nada mais justificável que a imagem da dança do ventre fosse representada por tantos anos como a concubina bela e sedutora, a odalisca. No mundo árabe, a dança do ventre como entretenimento só era desempenhada por Ghawazee ou Jawari (Odaliscas), isto é, por prostitutas ou concubinas, e é por isso que a dança do ventre não é vista com bons olhos por lá. Atualmente, muitos países usam a dança do ventre com papel turístico, como o Líbano, o Egito, a Turquia, mas para muitos árabes, a dança do ventre está longe de perder a sua imagem de promiscuidade.
Existem danças folclóricas festejadas por grupos étnicos, danças que chegaram até nós, como o Falahi, o Baladi, entre outros, mas que eram desempenhadas por camponeses em ocasiões festivas. Esses folclores foram incorporados ao que chamamos no Ocidente de Dança do Ventre, mas eles eram atividades distintas das praticadas nos haréns e nas ruas pelos Ghawazee.
A impressão deixada nos europeus pelas odaliscas pode ser conferida pelas diversas pinturas que encontramos até mesmo no Google. Pintores como Jean Auguste Dominique, Vicenzo Martinelli e Fabio Fabbi retrataram o imaginário europeu do que seria o harém, obras de erotologia árabe foram traduzidas, se iniciou o movimento que chamamos de "orientalismo" (o Oriente como algo envolto em misticismo e encantamento, como "o outro").

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Sensualidade e a Dança do Ventre

Como lidar com a sensualidade na dança do ventre?
Bem, é sabido que a dança do ventre é proveniente de um ritual sagrado e está ligada aos ritos de fertilização. Esse ritual era realizado nos templos sagrados em homenagem a Ísis, Deusa da Magia e dos Mistérios, onde as sacerdotisas, devido a sua natureza feminina e receptiva, eram responsáveis pela abertura de um canal para o plano espiritual interior. Assim a energia feminina começava a se manifestar.
A proposta aqui é passar a todas as mulheres uma nova postura de consciência de vida através desta encantadora e maravilhosa dança. Tornar-se mais feliz, sensual, alegre. Ao invés de apenas irmos levando as nossas vidas, podemos também ter a sabedoria de dançá-la. E assim como na prática desta dança, caso erremos no percurso de nossas vidas, podemos treinar mais um pouco e dançar novamente.
Eu, você, e todas as mulheres que praticam a dança do ventre, já teve, a oportunidade de entrar em contato com alguns dos benefícios que essa dança nos propõe, inclusive no aumento da nossa sensibilidade, bem como, no que diz respeito à nossa sensualidade.
A maioria das mulheres que começa a fazer Dança do Ventre vem atrás dessa busca, à busca dessa sensualidade, que muitas vezes é até exagerada.
Em minha opinião, não se deve buscar somente isso, a sensualidade, porque se for só isso você irá colher apenas as migalhas que a dança oferece, sendo que a dança do ventre oferece muito, muito mais que isso. E você ainda corre o risco desta sensualidade tornar-se vulgar no seu dia-a-dia. Tudo em demasia se torna ridículo. Então use o seu bom senso e não caia nessa.

Algumas dicas para lhe ajudar em sua reflexão:
* A dança do ventre coloca a mulher em contato com as energias cósmicas;
* É uma maneira da mulher moderna não se sentir só, muito menos solidão;
* É uma das raras atividades humanas em que a mulher se sente totalmente conectada com seu corpo, espírito e coração. Equilibrando mente e corpo;
* Dançar com o ventre é estabelecer uma relação ativa entre a mulher, a natureza e a sua força criadora;
* Quando o ventre se mexe, se estabelece a comunicação do êxtase;
* É o entusiasmo da vida, a alegria de viver, é felicidade completa;
* É sentir a presença de Deus.

É claro que não podemos negar e nem esconder a sensualidade que aflora na mulher pela dança, mas ela deve andar paralelamente com outros benefícios para lhe deixar uma mulher mais feliz e completa, assim como a despertar a sua grande Deusa.
A mulher que sabe compreender a verdadeira essência dessa dança sagrada, assim como era realizada nos grandes Templos Sagrados, conhece também o caminho que liberta da ilusão individualista, porque a dança é a sua própria natureza, é o descobrimento de todo o seu SER.
Envie seu comentário. Email: dahramahaila@hotmail.com

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Dança do Ventre - Baladi

O Baladi é muito conhecido e também polêmico: afinal, o Baladi seria um ritmo ou um estilo (Hossam Ramzy que o diga!)? Ou ainda, ele seria um ritmo ou uma estrutura musical (Não menos parecido que um estilo...)? O Baladi pode ser "encontrado" em variações de outros ritmos, especialmente sendo encarado como uma versão do Masmoudi Saghir (como já tratamos aqui) e também encarado como uma derivação folclórica e mais lenta do Maqsum.

Tais associações não se atêm a meras semelhanças, o Baladi é um estilo tradicional, de origem libanesa, tem presença marcante neste país já há muito tempo (tanto, que nem dá para precisar!). O próprio nome Baladi, que quer dizer "minha terra", nos levar a concluir que é um ritmo regional, podendo realmente ser uma variação de outros ritmos com uma roupagem popular. Para Hossam Ramzy, o Baladi nada mais é do que uma mistura de ritmos, um estilo do Líbano, que por convenção acabou sendo utilizado erroneamente para nomear o Masmoudi Saghir e o Maqsum, de acordo com suas variações correspondentes. Fato é: quando se busca entender a origem do Baladi se conhece mais do que um ritmo, mas o espírito materializado de uma saudade, do amor por uma terra, por uma aldeia, por um estilo de vida onde se nasce e cresce, onde se encontra uma identidade. O Baladi é a identidade de um povo, o som que o faz relembrar sua história.

A estrutura do Baladi segue o compasso 4/4: DUM DUM TAKATA DUM TAKATA TAKA. Os seus dois primeiros "DUM" são sempre marcados na dança, e eles que transmitem a energia deste ritmo e o diferencia do Maqsum. O Baladi está presente em músicas clássicas, modernas e até em solos de derbake, se relacionando sempre ao que é básico na dança, sem extravagâncias. É usual as bailarinas fazerem básicos egípcios assim que identificam o Baladi numa música clássica, nele não é hora de muitas variações, a dança neste momento compõe-se de passos mais tradicionais para seguí-lo (básicos, marcações de quadril, deslocamentos com quadril). Alguns especialistas dizem que o Baladi verdadeiro só é aquele em que os dançarinos estão caracterizados (roupas simples, como camponeses), pé no chão (sem meia ponta) e que quando se ouve este ritmo em ocasiões diferentes, ele seria na verdade uma variação do Maqsum (novamente as agruras por não se decidirem se é estilo ou ritmo!)... Bem,acho que é muita complicação, é Baladi por sua estrutura, e não por sua composição cênica!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Dança do Ventre - Cigana

O estilo cigano na Dança do Ventre vem de uma interpretação ampla e liberal das danças ciganas, primeiramente da Turquia, Espanha, dos Balcãs e do Egito. Acredita-se que os ciganos (também chamados de 'romanichéis') são originários do norte da Índia. Estes teriam migrado em direção norte e leste no Oriente Médio e na Europa, desenvolvendo cada vez mais o estilo original de sua dança ao acrescentarem elementos das diferentes culturas com quem tinham contato. Na década de 1960, as dançarinas americanas começaram a incorporar elementos do vestuário, da música e dos passos ciganos às suas apresentações de Dança do Ventre.

Movimentos: o estilo cigano utiliza técnicas e movimentos de dança do ventre, adicionando a eles passos ciganos e do folclore oriental. A dança cigana, aliás, é conhecida por sua paixão, exuberância e energia. As dançarinas ainda utilizam adereços como pandeiros e snujs. Já as saias, tão comuns hoje em dia na dança do ventre cigana, não eram vistas com bons olhos entre as dançarinas no passado.

Música: As canções ciganas mais "puras" e tradicionais são usadas na dança do ventre, porém são mais comuns as músicas que trazem uma mistura de elementos ciganos, turcos, árabes e europeus. Violinos, guitarras e pandeiros são alguns instrumentos bastante comuns também.

Roupas: Tecidos pesados em tons opacos são usados em saias volumosas e calças no estilo "harém"; na parte de cima, as dançarinas usam e abusam de blusas e tops decotados e/ou com mangas também volumosas. As saias são geralmente onduladas (como no flamenco). Nos quadris, é comum o uso de xales com franjas e de cinturões de metal. Na cabeça, a dançarina ainda pode usar uma espécie de lenço ou adorno.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Dança do Ventre - Estilo Libanês

Cada pesquisa uma história diferente de estilo.
Vamos falar aqui do estilo Libanês na dança do ventre.

A dança do ventre no Líbano possui algumas semelhanças com o Estilo Egípcio, utilizando-se muitas vezes das mesmas músicas árabes e de referências culturais, embora baseie-se geralmente na dança folclórica libanesa. A dança do ventre libanesa pode incluir complexos movimentos em seus padrões. A dançarina realiza intrincados movimentos de abdômen, quadril, com próprio modo de andar, além de movimentar elegantemente os braços, principalmente quando dança no estilo clássico, que possui muita semelhança com o Estilo Egípcio.

O estilo de dança do ventre libanês mais atual foi fortemente influenciado pela dançarina Nadia Jamal, que experimentou algumas fusões mais modernas incorporando elementos da dança ocidental em suas apresentações posteriormente. Depois dela, muitas dançarinas libanesas decidiram usar salto alto em suas perfomances, além de darem mais ânimo e energia às suas apresentações, deixando-as mais descontraídas. Alguns nomes muito conhecidos na dança do ventre libanesa incluem Kawakib, dançarina clássica; Suha Azar, dançarina contemporânea que ensina e dança no estilo clássico; Nadia Jamal, uma pioneira na fusão teatral da dança do ventre libanesa; e as representantes mais atuais, Amani, Samara, Dina Jamal e Maya Abi Saad.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dança do Ventre - Como Interpretar uma Música Clássica

Quando dançamos uma música clássica, o que guia nossos movimentos? O ritmo ou os instrumentos musicais? Pois é, são os instrumentos musicais que definem a forma do movimento executado pela bailarina. Os ritmos apenas servem para nortear a dança, para marcar se o momento da música é para deslocamento ou se é para a bailarina ficar parada, mas não dizem qual leitura da música a bailarina vai desenvolver; quem o faz é a melodia. A música, assim, tem que ser toooooooda interpretada, em todas suas variações melódicas, não só em suas marcações.

Nas músicas clássicas, temos os instrumentos de percussão, de sopro, de corda e alguns importados, como o Acordeon (instrumento austríaco, inspirado em um parente pobre chinês). Destes, os primeiros são responsáveis pela composição rítmica, podendo realizar floreios, enquanto os demais desempenham a função melódica da música, podendo acompanhar a percussão, criando uma frase musical; apresentar uma improvisação melódica (Taqsim); e vir numa estrutura isolada da percussão (cada um sola em uma vez). A maioria das músicas árabes - em especial as egípcias - utilizam a estrutura de "pergunta e resposta" entre um solista e a orquestra, isto é, entre os instrumentos melódicos. Estas combinações podem estar presentes em uma só música, e é a bailarina que interpretará tais momentos, de acordo com o tipo do instrumento melódico que estará tocando.

Antes mesmo de distinguirmos os instrumentos, existem percepções que são comuns para se ter em qualquer música clássica:

1 - Como diz Hossam Ramzy, a bailarina é parte da orquestra! Ela está ali dançando da mesma forma que o músico está ali tocando; a sua interpretação compõe uma das frases da música, devendo seguir a melodia e lhe dar forma.
2 - Ao som dos instrumentos de percussão, o que se marcará será o acento do ritmo (como nos dois DUNS do baladi). Pode-se marcar um instrumento de percussão, por exemplo, no início de um novo momento da música, no tilintar de um snuj, quando a percussão está solando, entre outros.
3 - Os movimentos da bailarina acompanham a variação da melodia, nas subidas e descidas de tom (se a nota sobe, a bailarina sobe, etc), nas pausas, nas oscilações (variações longas, movimentos grandes, etc), deve haver harmonia entre a melodia e a dança. Ao som da orquestra, os movimentos são expansivos, ao som do solistas, eles são contidos, floreando apenas no final da frase, procurando destacar o momento do solista.
4 - Em toda música clássica, temos uma sequência de folclore. É importante identificá-la e marcá-la do seu início ao fim.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Dança do Ventre - Estilo Egípcio

A dança é uma forma de arte alegre e envolvente. Ela evolui junto com as diferentes culturas que a adotam. Por causa disso, existem muitos estilos diferentes de "dança do ventre". Comecemos a tentar reconhecer o estilo egípcio através de algumas características comuns.

O Estilo Egípcio, como o próprio nome já diz, é oriundo do Egito, destacando-se as cidades do Cairo e Alexandria. As estrelas de dança egípcia ganharam fama por se diferenciarem das dançarinas do ventre em geral, também se diferenciando muito entre si. Dessa forma há uma grande variedade de interpretações dentro deste estilo, mas ainda assim, há certos elementos que parecem comuns à dança do ventre egípcia. Geralmente, as dançarinas acompanham mais o ritmo de um instrumento do que a melodia, ainda que existam dançarinas que dancem um tanto "melodicamente" às vezes. Elas também possuem um estilo um tanto leve, o que faz a dança parecer muito fundamentada e tradicional. Assim como acontece com todas as danças orientais, a dança do ventre egípcia é profundamente mergulhada na música folclórica e na dança do Egito. Os ritmos Saidi e suas variações, por exemplo, são muito comuns.

Muitos elementos diferenciam a Era de Ouro do Estilo Egípcio dos estilos mais modernos. A Era de Ouro faz referência às estrelas da dança egípcia dos anos de 1920 a 1950. Alguns dos nomes mais famosos daquela época incluem Samia Gamal, Tahia Carioca, Naima Akef e poderia se estender às gerações seguintes como Souhair Zaki, Nagwa Fouad, Fifi Abdo, Mona Said e Aza Sharif. O estilo egípcio moderno relaciona-se com as tendências mais atuais na dança oriental egípcia. Algumas delas incluem elementos do balé e da dança moderna. Grandes nomes da dança do ventre egípcia são Dina, Tito e Randa Kamal. Há também muitos dançarinos de outra nacionalidades que adotaram o estilo egípcio em sua própria dança. Alguns nomes merecem destaque como Orit (Israel), Leila (EUA), Sahra Kent (EUA), Yasmin (EUA), Nour (Rússia), Asmahan (Argentina) e Soraya Brasil).

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dança do Ventre - Estilo Turco

O estilo turco e oriental e o estilo árabe de Dança do Ventre compartilham o mesmo vocabulário de dança. No entanto, o estilo turco é influenciado por várias danças folclóricas da Turquia, assim como as danças folclóricas dos ciganos que vivem no país. Muitas dançarinas e músicos são ciganos e deram seu próprio toque especial à dança.
Há geralmente ritmos populares com uma estrutura de 5,7 ou 9 tempos juntamente com ritmos de 4 e 8 tempos. O Estilo Turco Clássico possui alguns pontos em comum com as eras de Ouro e Clássica do Egito e do Líbano, mas também possui um caráter patriótico muito forte oriundo da época do Império Otomano.
No entanto, o atual estilo turco de Dança do Ventre é muito mais alegre e expansivo. Alguns nomes que valem a pena ser citados incluem Nesrin Topkapi, Princess Banu, Sema Yildiz, Asena, Didem, Tulay Karaca, Birgul Beray, Reyhan e Tanyeli, além de dançarinas estrangeiras como Artemis (EUA) e Eva Cernik (EUA).

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Dança do Ventre - Etilo Americano Contemporâneo

Muitas dançarinas americanas e outras dançarinas em todo o mundo dão continuidade à eclética tradição do Estilo Americano de Dança do Ventre, fundindo vários elementos de diferentes culturas do Oriente Médio. Muitas delas levaram a coisa mais adiante e incorporaram elementos como Jazz, Balé, Dança Moderna, Dança Latina, Dança Espanhola e Flamenco, Dança Cigana, Hip Hop, Dança Indiana, etc. Além disso, as dançarinas procuraram viajar para o Oriente Médio para saber o que as comunidades de dança do Egito, Líbano e Turquia estão desenvolvendo atualmente.
Enquanto as dançarinas continuam tendo um forte vocabulário com base árabe ou turca em seu repertório, uma grande variedade de fusões é aceita sob o título de "Dança do Ventre". Dessa forma, há também uma tendência maior de apresentações no estilo teatral.
Ainda que existam estilos definidos de Dança do Ventre, há uma constante troca de elementos entre todos eles. Muitas dançarinas que poderiam se encaixar na categoria de Estilo Americano podem ao mesmo tempo se encaixar em outro estilo. Por exemplo, a dançarina Jillina, coreógrafa do Belly Dance Super Stars, inclui uma boa dose de fusões em suas coreografias em grupo, mas como dançarina solo utiliza um estilo próximo do que pode-se chamar de Estilo Egípcio Moderno.
Algumas notáveis dançarinas e alguns grupos que realmente representam as tendências da Dança do Ventre Americana Contemporânea incluem: Suhaila Salimpour, Belly Dance Super Stars, Bellyqueen, Dalia Carrella (para sua "Dunyavi Gipsy"), Elena Lentini e Tamalyn Dahlal (para as suas apresentações teatrais), para citar apenas alguns nomes.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Dança do Ventre - Estilo Americano

Ao longo do século XX, surgiram casas noturnas de imigrantes do Oriente Médio onde vários deles se reuniam para apreciar a música e a dança de seus países. Geralmente, eles eram um grupo misto formado por árabes, armênios, turcos, gregos e persas. A música seria uma mistura de canções populares de todas essas diferentes culturas. As dançarinas eram as próprias imigrantes e, mais tarde, seriam americanas que se apaixonaram pelo Oriente Médio após conhecerem sua cultura, música e dança. Elas aprenderam através de filmes, postais, pinturas e qualquer outra coisa que chegasse às suas mãos. E assim surgia um estilo único de Dança Oriental que misturava influências de diferentes países do Oriente Médio e muita imaginação.
Algumas das características que diferenciam o Estilo Americano, além de uma grande mistura de elementos de várias culturas do Oriente Médio, incluem uma maior utilização dos snujs, danças com véus, espadas e cobras. Alguns nomes importantes desse estilo incluem Nejla Ates, Ozel Turkbas, Semra, Morocco, Serena Wilson, Ibrahim Farrah, Bert Balladine, Jamila Salimpour, Nakish, dentre muitos outros. Da nova geração, Ansuya e Piper são grandes representantes do Estilo Americano.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Dança do Ventre - Tribal Fusion

O Tribal Fusion é um estilos derivado do Estilo Tribal Americano que inclui o Tribal Fusion e a Dança do Ventre Tribal Moderna. Estes, por sua vez, utilizam bastante da estética do tribal americano. No entanto, em vez de ter como base a improvisação, as danças do Tribal Fusion são geralmente coreografadas. Os estilos se fundem ainda mais com outras formas de dança como break dance, hip hop, dança indiana, polinésia, do Oeste Africano, entre outras. Além disso, usam músicas contemporâneas como breakcore e etno-rock. O Tribal Fusion é ainda fortemente influenciado pelo Yoga, tendo muitas de suas dançarinas como praticantes da modalidade. Alguns nomes conhecidos incluem Rachel Brice e o Indigo, Zafira Dance Company, Unmata, Jill Parker e o Ultra Gipsy e Ashara.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Dança do Ventre - Diferentes Estilos - Tribal

Carolena Nericcio, criou um grupo de dança em São Francisco (Califórnia, EUA) com o nome de 'FatChanceBellyDance'. Com uma estética alternativa e o desenvolvimento de um estilo codificado de improvisação, o grupo rapidamente ganhou popularidade mundo afora ao trazer uma nova forma de dança no mundo Belly Dance: o estilo Tribal. A música usada era de origem norte-africana, indiana, turca e árabe. As roupas traziam elementos da India, Turquia, Afeganistão e África do Norte. Tudo isso misturado aos movimentos trazidos do estilo americano, do Flamenco e da dança indiana. As tatuagens também são muito populares entre as dançarinas de tribal. Algumas dançarinas diferenciam o puro FatChance e o Estilo Tribal Americano do Estilo Tribal Improvisado. Como bailarinas de tribal conhecidas, pode-se citar Carolena Nericcio do FatChanceBellyDance, Kajira Djoumahna do BlackSheep BellyDance e Paulette Rees-Denis do Gypsy Caravan.
Email: dahramahaila@hotmail.com

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Dança - Estudando os rítmos

(Dicas da grande bailarina - Soraia Zaied)

1. Estude os ritmos:

Conhecendo música, você aprende a identificar os ritmos e seus compassos. Cada um pede um tipo de movimentação e ocupação espacial, por isso, com o ouvido treinado você identifica rapidamente os ritmos já sabe como dançar. Eis o começo. Para saber mais sobre ritmos, nos posts de 2006 tenho vários textos sobre musicalidade, estão resumidos mas já ajudam um pouco. Exemplo: Os ritmos rápidos, em sua maioria, pedem deslocamentos e poucos movimentos isolados, os médios pedem uma dança mais centrada com mais movimentos e uma utilização espacial mais limitada. Os ritmos lentos pedem pouca movimentação e mais movimentos isolados e performáticos. Foi um meeega resumo, mas a lógica é por aí.

2. Leia os instrumentos.
Assim como os ritmos são nosso norte no aproveitamente espacial e no tipo de passos utilizados, os instrumentos nos dizem como vamos 'rechear' essa movimentação. Exemplo: Usamos tremidos diferentes para o kanoun, para o alaúde ou para a aceleração do acordeom. A flauta pede uma ondulação mais leve do que o violino e este por sua vez, pede uma ondulação menos intensa que o teclado. Identificando os instrumentos você já sabe o que vai colocar por cima dos ritmos. Os dois trabalham juntos, em harmonia.

3. Fique íntima das melodias.
A melodia é a alma da música. A mensagem do compositor e a carga emocional são traduzidas pela leitura melódica que fazemos. Para ler bem as melodias precisamos acostumar os ouvidos com a música árabe. Não só ouví-la no carro ou em festas, mas parar para escutá-la e sentir o que ela quer transmitir. Parece papo de gente doida, mas esses momentos a sós com a música são imprescindíveis. Assim você cria mais intimidade com a música árabe e fica mais fácil de prever sua oscilações, breaks ou mudanças. Exemplo: Nós sabemos com antecedência quando uma música brasileira vai oscilar, subir ou descer as notas. Está na nossa raíz cultural, ouvimos desde pequenos. Temos que nos esforçar para criar essa mesma sintonia com as músicas árabes. Esse é um dos motivos pelos quais invejamos a leitura musical das egípcias, assim como elas invejam nossa intimidade com o samba.

4. Repertório de passos.
Para cada ritmo e para cada instrumento, com treino, você cria seu repertório - conjunto de passos que você guarda na manga para certos momentos. Nesse ponto damos muito valor ás sequências e coreografias que aprendemos, que mesmo sistematizadas, desenvolvem nosso raciocínio e nossa inteligência corporal (além de lateralidade, auto-percepção, agilidade mental e física, etc). As sequências são SEMPRE aproveitáveis. Se sua professora passou uma sequência em sala de aula, em um ritmo binário, tenha certeza que ela vai servir pro próximo improviso em binários que você precisar fazer. Claro que ela sofrerá alguns ajustes, mas garanto que vai encaixar direitinho. Sabe aquela sensação que nos dá no meio do improviso, e pensamos: O que colocar agora??? É só lembrar das sequências estudadas!! E aquele passo bacana que a professora passou, você pode reservar para o auge da música que você está improvisando.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Dança - Opções para dançar

Pra quem odeia improviso e pra quem odeia coreografia, existem opções para que ambas aprendam novas formas de dançar:

Meio a meio: Coreografe as partes mais difíceis da música. Aquela com contratempos impossíveis e com os devaneios dos músicos. A parte mais fácil (se é que existe uma, rsrs) você estuda muito, escuta muito e improvisa. Assim você garante uma performance com pequena margem de erros.

Coreografia: Pra quem curte se apaixonar pela música e conhecer todos os seus detalhes. Escute até a exaustão, e coreografe cada respiro e cada detalhe dos sons. Dá pra coreografar até a hora que o flautista tira a boca da flauta!! Sério, dá mesmo!!! Ótimo pra quem não quer errar nada. Depois de coreografar a música racionalmente, 100%, você coreografa também as expressões e o sentimento. Garantia de sucesso, pois na hora do show a música já é tão parte de você que o sentimento borbulha pro público.

Improviso total: Quer improvisar tudo? Apoiado! Só não esquece de estudar muuuuito a música, como se você fosse coreografá-la. Se relacione com ela, converse, reflita sobre sua construção e coloque em prática as cinco dicas que estudamos acima. Com certeza seu show será incrível!

Agora, se você não quer ser uma bailarina profissional, nem almeja dançar tão bem quanto as amadoras que arraaaasam por aí, descarte esse texto e continue com as aulas terapia. Elas são muito úteis sim, sem ironia, mas têm outro objetivo. Essa exigência toda, é pra quem está se desafiando!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Dança - Desenvolvendo as várias faces do nosso SER

Bem, o que eu quero dizer com isto é que não é possível evoluir na Dança do Oriente se apenas nos centrarmos na técnica ou apenas na expressão livre dos nossos sentimentos.
A dança oriental é uma mistura apurada, como um tempero executado com sensual precisão e inteligência: de técnica, expressão, interpretação da música e liberdade de sermos quem somos e revelarmos ao mundo o que trazemos cá dentro.

Um tecnicista nunca poderá dançar, apenas nos pode mostrar técnica, passos que aprendeu e colocou num catálogo demonstrativo muito eficiente mas sem sentimento nem significado.

Alguém que se mova livremente mas sem um vocabulário de dança bem treinado e diversificado apenas exercitará o caos, o que pode ser benéfico em termos terapêuticos mas é muito pouco interessante enquanto prática de dança.
Os passos e movimentos , quando bem assimilados, tornam-se um alfabeto em aberto que podemos usar e recriar consoante a nossa própria criatividade. De cada movimento, sairá uma palavra sonora e bela, de cada associação de movimentos, sairá poesia, directamente do coração de quem dança.

Uma mistura de ambas as vertentes, a técnica e o instinto. Estas são a combinação ideal para se usufruír ao máximo desta sensual e maravilhosa dança.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dança - Abri e sensibilizar os ouvidos para a música e ritmos árabes

Se eu tivesse de seleccionar uma das tres qualidades essenciais para ser uma boa dançarina, eu diria que a sensibilidade auditiva é a primeira das qualidades a ter em conta sem a qual a nossa dança é sempre vazia e desligada da fonte de inspiração que nos faz mover: o som, a música, o rítmo e a melodia.

Antes do movimento, vem a música e é esta que seguimos quando entramos no universo mágico da Dança dança do ventre. E os nossos ouvidos têm de estar sintonizados com os mais diferentes detalhes da música que dançamos para que possamos interpretar e usar a técnica adequada, e também o nosso lado emocional e artístico.
A música a que nós acostumamos a ouvir no Ocidente tem muito pouco a ver com a música árabe. Praticamente não se compara quase nada com esse etilo de música usualmente utilizada para a Dança do ventre.

Esta é uma das primeiras dificuldades com que a maioria de nos apredizes desta linda arte se depara quando começa a aprender e durante todo o seu percurso.

Nós dançarinas e aprendizes temos que aprender a ouvir a música antes de saber dançar. Quem não sabe escutar a música “por dentro” do seu corpo etéreo de energias e sentimentos não saberá dançar, de fato.
É necessário treinarmos os ouvidos para a música árabe mas, mais importante que isso, é imprescindível uma abertura e atenção mental que nos permita ouvir, capitar, e interiorizar os sons, as músicas e qualquer estímulo sonoro com total disponibilidade e valorização.
Falo de um apuramento de sentidos, neste caso, da audição. Só com este treino gradual se chega a ouvir, sentir e daí poder transmitir o que ouvimos através do nosso corpo e da nossa alma.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dança - Reaprender a caminhar

Esse é um dos primeiros movimentos de coordenação motora que aprendemos e executamos (até com um grande sucesso)quando começamos a conhecermo-nos por gente é o “caminhar”. É o movimento que mais praticamos, aliás, pratimos por toda a nossa vida. E é também aquele que mais esquecemos, por se tornar tão usual e mecânico.

A Dança do Ventre exige de nós o “não mecânico”, portanto, a primeira grande coordenação motora a ser descontruída e relembrada deve ser o nosso simples “caminhar”. Perceber o que se passa no nosso corpo quando caminhamos, onde está o peso do corpo e como ele se desloca de uma perna para a outra. Chega a ser uma pequena matéria, até muito simples, mas de grandes ensinamentos.

Tanto a dança quanto na vida, devemos observar a nós mesmo. Sempre!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dança do Ventre com Taças

Dança com duas taças, com uma vela dentro de cada.
É geralmente dançada em casamentos, batizados, aniversários.
As taças com velas iluminam o corpo, os trajes da bailarina e também o ambiente. Por isso recomenda-se que este não seja muito claro, mas que esteja na penumbra.
Não se sabe ao certo sua origem, mas acredita-se que tenha surgido no ocidente.
Não existe um traje pré-determinado, e também não tem um ritmo específico. Apenas sugere-se que seja dançada ao som de uma música mais lenta e clássica, que cause um certo ar misterioso.
Por ser uma dança mais lenta e delicada, pode-se realizar movimentos de chão, bem como abusar de movimentos de oitos, ondulações, redondos e cambrees.
Comentários! Email:dahramahaila@hotmail.com

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dança do Ventre com Pandeiro

O pandeiro é um acessório cênico utilizado pela bailarina enquanto dança e é tocado apenas em alguns momentos para fazer as marcações da música. Ou seja, ela não toca o tempo inteiro como faz o músico com o pandeiro.
Ele serve para dar um charme a mais, para incrementar a dança.
Não deve ser tocado em músicas lentas ou taksins. Há quem o toque em solos de derbak, o que pode torná-los ainda mais bonitos, se bem executados.
Usar roupas alegres, geralmente com moedas. Pode ser dançada com um vestido baladi, que também é usado para a dança da bengala.
Nesta dança a bailarina realiza alguns movimentos da dança do ventre enquanto segura o pandeiro próximo ao quadril, acima do ombro ou da cabeça, por exemplo, como um elemento decorativo.
Realiza também batidas do pandeiro em diferentes partes do corpo, como mão, cotovelo, ombro, quadril, joelho, para marcar as partes mais fortes da música.
Uma dica é fazer batidas no pandeiro apenas nas batidas mais fortes da música, e nos outros momentos utilizá-lo como elemento decorativo.
Por isso recomenda-se que se dance em músicas alegres, animadas, ritmadas e bem marcadas.
Geralmente usam-se ritmos mais rápidos, nos quais acompanham-se as batidas da percussão, como por exemplo no said, malfuf e falahi.
O pandeiro árabe, ou daff, como também é chamado, tem o som e a aparência um pouco diferente do nosso pandeiro ocidental.
Diz-se que ele entrou na Dança do Ventre através dos ciganos do Antigo Egito.
Comentários! Email: dahramahaila@hotmail.com

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A Dança do Ventre com Punhal

Dança com um punhal de metal feito especialmente para a dança, também conhecido como adaga. Pode ser dourado ou prateado e é vendido em lojas especializadas em artigos pra Dança do Ventre.
Pouco se sabe sobre seu surgimento, mas há hipóteses de que tenha surgido na Turquia pelos ciganos.
Geralmente a bailarina entra com o punhal escondido na roupa e no meio da dança o retira dançando com ele.
A dançarina faz desenhos no ar com o punhal, e às vezes o prende em algumas partes do corpo como na boca, na cintura ou no peito.
Ás vezes no meio da dança uma ou mais bailarinas podem simular uma luta com o punhal.
Não se dança geralmente ao som de músicas muito animadas ou alegres, como solos de derbak ou músicas folclóricas. Usam-se mais músicas não muito aceleradas, e que tenham um certo grau de mistério, para combinar com a dança. Além disso, não há um ritmo definido para esta dança.
Pelo punhal ser um objeto que representa combate ou defesa, a dança pode acompanhar tal sentimento, ou seja, de alguém se defendendo, numa dança forte, carregada de sentimentos, bem expressiva.
Não há um traje específico, portanto pode ser dançada com uma roupa típica de dança do ventre de duas peças, bem como com um vestido.
A bailarina movimenta, manuseia e segura o punhal de diferentes maneiras durante a dança, sempre tentando dar uma interpretação introspectiva, de mistério, de luta, batalha, proteção.

Comentários! Email: dahramahaila@hotmail.com

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A Dança do Ventre com Véu

O véu na dança do ventre é como uma extensão da bailarina, de seus braços, proporcionando um ar de mistério, leveza, graça, charme, sedução e encanto.
A dança com véu pode variar de acordo com a intenção e criatividade da bailarina: pode-se dançar com um único véu, com dois ou até nove.
Algumas dançarinas fazem uso do véu aliado aos snujs, por exemplo, querendo assim demonstrar sua habilidade com os acessórios da dança.
Não é muito comum as bailarinas usarem véu nos países árabes. Este artifício é mais usado nos países ocidentais como o Brasil e os Estados Unidos.
Não há traje e nem ritmo específico para sua execução. Apenas recomenda-se evitar ritmos folclóricos e solos de derbak. A música pode ser mais lenta ou mais rápida.
Pode-se dançar com um ou mais véus presos à roupa, sem que necessariamente se retire para dançar. Neste caso ele se torna um adereço e não um objeto com o qual se dança.
A dançarina pode iniciar sua dança com um ou mais véus e depois jogá-los durante a sua apresentação.
Esta dança exige equilíbrio, pois, pede deslocamentos e giros. Também requer habilidade da bailarina já que este objeto cênico se movimenta durante a dança, ao contrário do punhal por exemplo.
Há um intenso trabalho de braços, portanto eles devem estar alongados para realizar movimentos amplos e belos.

Comentários! Eamil: dahramahaila@hotmail.com

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A Dança do Ventre no Brasil

A história da Dança do Ventre no Brasil ainda é muito recente. Podemos contar de uns 50 anos para cá, aproximadamente. E podemos assim dizer que isto aconteceu juntamente com a chegada dos primeiros árabes no Brasil. Os primeiros imigrantes árabes vieram da Síria e do Líbano por volta de 1880, e se concentraram principalmente no estado de São Paulo, mais especificamente na capital.
A bailarina Patrícia Bencardini em seu livro nos diz que: “A partir dos anos 50, uma grande população muçulmana entrou no Brasil, vindos de diferentes regiões do Oriente Médio. E, na década de setenta do século XX, novos imigrantes libaneses vieram para o Brasil fugindo da guerra civil, quando muitos encontraram parentes distantes que vieram no começo do século” (p. 68-9).
Provavelmente este foi o caso da bailarina palestina SHAHRAZAD Shahid Sharkey que aqui chegou por volta de 1957.
Muitas bailarinas acreditam que ela foi à pioneira desta dança no Brasil. Seu nome de nascimento é Madeleine Iskandarian.Shahrazad começou a se dedicar à Dança do Ventre a partir do final da década de 70 no Brasil, muito embora, já dançasse profissionalmente desde os sete anos em diversos países árabes, como conta em seu livro.
E também publicou em o livro “Resgatando a Feminilidade – expressão e consciência corporal pela dança do ventre”, em 1998, além de alguns vídeos didáticos. A dedicação de Shahrazad à Dança do Ventre, além de formação de grandes bailarinas e professoras, incluiu ainda sua luta pela valorização da dança e não por sua vulgarização. Em seu livro ela diz que “uma bailarina não deve jamais aceitar que os homens coloquem dinheiro no seu corpo. Eles dizem que é um costume, mas que isto não é verdade. O corpo da mulher é sagrado e o povo deve assistir a essa dança com muito respeito e admiração” (p. 5 e 6).
No entanto, dizem também que Zuleika Pinho foi a primeira bailarina a realizar uma apresentação de Dança do Ventre no Brasil, no clube árabe Homes, em São Paulo, e na época Zuleika tinha apenas 14 anos de idade. "Me perguntaram se poderia apresentar uma dança oriental, não tinha idéia do que era, mas aceitei", conta Zuleika em uma entrevista. Nesta época, ela passou a se apresentar em vários restaurantes e programas de televisão, assim como também apareceu um muitos jornais da época.
Mesmo assim, na década de 80, segundo a bailarina MÁLIKA, “a dança do ventre era muito pouco conhecida e difundida no Brasil”. Era difícil obter materiais para estudos, aulas e apresentações como discos, CDs, vídeos e roupas. A literatura também era escassa, pois segundo ela, “o Brasil não havia produzido nenhuma obra sobre o assunto e as existentes eram as publicações em inglês e francês”.
Para a bailarina esta situação mudou a partir da década de 90 quando começaram a surgir várias publicações sobre a Dança do Ventre em jornais e revistas.
Mas o auge da dança mesmo veio juntamente com a novela “O Clone” pela Rede Globo de televisão. Ai foi uma febre só. Todas as mulheres queriam aprender a dança do ventre.
Na época para se conseguir música árabe os profissionais tinham que comprar fora do país, porque aqui não tinha. Sem contar que nessa época os discos ainda eram de vinil.
Sabe-se também, que na década de 70 havia muito pouco restaurantes árabes na Capital sendo que alguns deles já nem exitem mais, como: Bier Maza, Porta Aberta e Samíramis. E estes restaurantes, segundo contam, havia algumas apresentações de dança do ventre e também alguns músicos árabes.
As primeiras dançarinas de dança do ventre no Brasil surgiram na década de 80. São elas: Shahrazad, Samira, Rita, Selma, Mileidy e Zeina. Podemos assim dizer que esta foi a primeira geração de bailarinas no Brasil
O primeiro vídeo didático de Dança do Ventre brasileiro foi lançado em 1993, pela Casa de Chá egípcia Khan el Khalili, tendo como professora a então já bailarina Lulu Sabongi.
Desde então muitos outros vídeos, e mais recentemente DVDs, têm sido produzidos no Brasil, tanto didáticos quanto de shows. Também muitos outros DVDs internacionais como: Bellydance Superstars, Soraya Zaied, Dina, Randa Kamel, Orit dentre outras.
Já a casa de chá egípcia Khan el Khalili localizada em São Paula, foi inaugurada em 1982 por Jorge Sabongi e antes de completar seus 2 anos passou a contar com apresentações de dança do ventre. Até que então surgiu a Lulu, e após iniciar os estudos na dança do ventre, começou a se apresentar na Casa de Chá, e a cada vez com maior freqüência e também com um público cada vez maior.
Nesse ano de 2010 a Khan el Khalili completou 28 anos de existência. Que além de casa de chá e cafeteria, exibem diariamente shows maravilhosos de dança do ventre. Que oferecem também aulas, shows anuais, produz Cds e DVDs, exportando inclusive para outros países.
Existem ainda muito que pesquisar sobre a dança do ventre no Brasil. Acredito que não sabemos realmente tudo a esse respeito. Mas vale a pena pesquisar e ler a respeito, porque a cultura árabe seja ela vinda pelos imigrantes ou pesquisada na internet é muito interessante e também é algo novo que vamos ler, aprender e transmitir.
Comentários! Email: dahramahaila@hotmail.com

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Panelinhas na Dança do Ventre

Panelinhas na dança do ventre? Críticas construtivas ou pejorativas?
Ah, elas existem, e como existem!

Da mesma forma tenho visto isso repercutindo nos blogs sobre dança do ventre. Muitos possuem uma ótima qualidade, e outros tão poucos se dignificam a criticar honestamente algo sobre a dança do ventre.
E quem "ousa" fazer isso? Eu, você? Até parece que as pessoas se armam contra qualquer crítica, como se isso viesse de pessoas ignorantes que não sabem o que estão dizendo, que não estudam a dança, que não tem a profundidade intelectual e ou artística para compreender o maravilhoso trabalho desta ou daquela dançarina ou mesmo de um grupo de dança (e que só é acessível a poucos e nobres escolhidos, ohhhhhhhhh!).
Dá até medo de falar alguma coisa ou de lançar uma crítica, porque as pessoas ao lerem a matéria venham a sentir-se criticadas, ainda que de forma indireta, apesar de que a intenção aqui não é essa quero deixar isto bem claro. Até porque, esse tipo de assunto causa certo alarde, só pelo fato de termos concepções diferente ou simplesmente porque não concordamos com o que a grande maioria pensa e aceita. E será que isso é mesmo correto?
Eu amo dança do ventre! E o que mais me atrai na dança é exatamente a autenticidade, a originalidade de cada dançarina. Porque, cada uma delas tem a sua maneira de dançar, umas com graciosidade, outras com leveza, outras ainda com certa agressividade, enfim, cada qual com a sua interpretação e sensibilidade para com a música.
Agora o que na para engolir, é você ver uma dançarina dança de perna aberta, fora do ritmo, sem leitura musical, fazendo tudo errado e quando termina só recebe elogios tipo: você é linda, é maravilhosa, tem um corpo perfeito, cabelo magnífico, mas, e o principal? E a dança onde fica? Por outro lado vemos lindas dançarinas com muita graça, técnica, ritmo, leitura musical perfeita e recebe uma crítica tipo: sua dança está uma droga, uma porcaria... Este tipo de crítica ou “elogios” mata! Desanima qualquer uma.
Ai vem à pergunta, por que a diferença de tratamento?
Bem, é ai que entra a famosa panelinha. A dançarina pode não dançar nada e recebe todos os melhores elogios porque faz parte daquele grupinho fechado onde ninguém mais entra, a não ser aquela que pensa exatamente como aquele grupinho. E quanto à outra dançarina, ah ela é só mais uma no meio do mundo bellydancer. Ou seja, se você não faz parte da panelinha você é excluída de toda e qualquer atividade a que o grupo é convidado.
Outra coisa que eu acho estranho e não consigo entender é porque tanta rivalidade nesse meio? Por que as pessoas de um grupo não podem ser amigas do outro grupo? Será por medo de ser influenciado a novos desafios e novos conhecimentos ou conceitos?
Bem, sei lá. Essa é uma pergunta sem resposta.
Eu acredito que as críticas devem ser de forma construtiva e não pejorativas! Chega de críticas feitas como: ela é feia, horrorosa, gorda, etc... É preciso que sejamos honestas quando apreciamos o show e o estilo de uma dançarina. Não temos que ser moldadas até ficarmos irreconhecíveis para nós mesmas. E também não estou dizendo que a dança tenha que se adequar aos vícios da bailarina, nada disso, correção neles!
Braços esticados, postura, quadril encaixado, quadril e tronco separados! Criticar por tudo isso é válido, é necessário! A bailarina tem que se desenvolver a tal ponto que a dança - milimetricamente correta - saia natural do seu corpo, agora ela tem que ser criticada e elogiada pela sua dança, e não de onde ela veio e com quem estudou ou estuda, quantos anos se dedica à dança, se é gorda ou magra. E a ótica para analisar a dança tem que se focar em como esta dançarina nos toca. Porque nomes dançando não quer dizer nada. O q gente realmente quer ver é leitura musical, interpretação, entrega numa apresentação de dança do ventre!
Por isso, seria bom que as dançarinas começassem a criticar aquilo que lhes é estranho... Quem sabe você não vira admiradora de quem você criticou?
Eu sempre digo que "sou uma pessoa que me permito mudar de opinião", e é claro que como todo mundo, eu não estou imune a críticas não, pois eu não sou feita de pedra, eu também sinto, vejo, critico e conheço cada vez mais pessoas e coisas. E aquilo que hoje me parece feio pode vir a ser bonito e interessante amanhã. A crítica impulsiona o estudo e até mesmo o próprio autoconhecimento, o que não podemos jamais ter é uma opinião formada simplesmente pelo grupo ao qual pertencemos, temos que descobrir aquilo que verdadeiramente é interessante nos atrai.
A amizade nesse meio é comum, ainda mais num meio inteiramente feminino como esse da dança do ventre, mas ser amiga não é simplesmente anular a si mesma, não é ser injusta com os outros, primeiramente é preciso se libertar dessa postura egoísta e pensar!
Envie seu comentário. Email: dahramahaila@hotmail.com

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A Dança dos Sete Véus

A dança dos sete véus não é uma dança folclórica e não tem caráter erótico, apesar do que comumente se possa imaginar. Sua história é pouco precisa e certa. Por conta disso há muitos mitos e lendas acerca de sua origem e de seus significados.
Uma delas diz que era uma dança praticada por sacerdotisas dentro dos templos da deusa egípcia Isis. Uma outra lenda diz que a dança dos sete véus está associada à passagem bíblica onde Salomé pede a cabeça de João Batista.
Em uma apresentação, a bailarina vai retirando cada um dos sete véus que estão presos ao seu corpo enquanto dança.
Cada véu é retirado com habilidade, delicadeza e naturalidade. Fazendo movimentos com cada véu, assim como movimentos ondulatórios, laterais de cabeça, movimentos de mãos, movimentos de transe. Também podem-se explorar giros, descidas, cambrees, deslocamentos.
As cores dos véus geralmente são vermelho, laranja, amarelo, verde, azul-claro, lilás, branco. Isso não é uma regra, podendo variar conforme a escolha da bailarina.
O tamanho dos véus e a disposição deles no corpo também são de escolha pessoal. Geralmente o tamanho de cada véu é determinado pelos tipos de movimentos que se pretende fazer com ele e também do local do corpo que se pretende prendê-lo. Recomenda-se que a roupa da bailarina, embaixo dos sete véus, seja preferencialmente de cor clara e suave, para não competir com as cores dos véus presos ao corpo.
Pode-se optar por uma música que tenha no mínimo uns sete minutos, dedicando-se a dançar aproximadamente durante um minuto com cada véu. Caso contrário corre-se o risco da retirada dos véus ser muito rápida, perdendo um pouco a qualidade da dança.
Não se dança ao som de músicas folclóricas ou solos de derbak. Sendo mais apropriadas para a dança dos sete véus as músicas instrumentais.

A Dança dos Sete Véus no contexto Espiritual
A dança dos sete véus pode ser realizada, também, em homenagem à deusa babilônica Ishtar, deusa da vida e da morte, do amor e da fertilidade. Segundo os babilônios, Ishtar descia ao mundo subterrâneo passando sete vezes por sete portais, deixando em cada um deles um de seus sete atributos: beleza, amor, saúde, fertilidade, poder, magia e o domínio sobre as estações do ano, representados pelos véus. Os véus nesta dança significam a decida da mulher ao seu mundo interior. São os sete mistérios da deusa Ísis (a mulher busca os mistérios para se espiritualizar).
Através da dança do ventre a mulher entra em contato com a sua Deusa Interior, localizada no útero. O desvendar dos véus, significa a descoberta dos seus chakras. Cada cor de véu corresponde a uma energia de um chakra. Os sete véus representam os sete graus de iniciação, os sete chakras corporais, as sete cores do arco-íris e os sete planetas. A retirada e o cair dos véus significa o cair da venda, despertando a consciência. É a evolução espiritual. Realizada em homenagem aos mortos pelas sacerdotisas, em seus templos, que retiravam não só os véus, mas todos os adereços sobre o seu corpo, para simbolizar a sua entrada ao mundo dos mortos sem apego a bens materiais.
Na dança, a bailarina inicia com os sete véus amarrados no corpo, cada um de uma cor, correspondendo aos sete chakras. À medida que a bailarina dança, os véus vão sendo desamarrados um a um representando a abertura de cada chakra, a começar pelo chakra básico ou sexual e terminando no chakra coronário.
Os véus podem ser das seguintes cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, lilás, branco.
A vestimenta da dança do ventre , embaixo dos sete véus, è preferencialmente de cor clara, suave. Originalmente a dança dos Sete Véus, por ser ritual, era dançada vestindo-se apenas os véus. Porém atualmente se usa por baixo uma roupa comum de dança do ventre, de preferência branca ou lilás, simbolizando a transmutação.
1º Véu: VERMELHO: O véu vermelho está associado a Marte e ao chakra base, sua retirada significa a vitória do amor cósmico e da confiança sobre a agressividade e a paixão. Entra-se com o véu vermelho, com movimentos fortes de véu e quadris, como batidas e shimies. Normalmente o véu vermelho mede 3 metros.
2º Véu: LARANJA: O véu laranja representa Júpiter e o chakra sexual, que dissolve o impulso dominador e dá vazão ao sentimento de proteção e ajuda ao próximo. O véu fica preso no quadril. Executa-se movimentos de shimies, oitos, redondos, o véu acompanha com movimentos na altura do chakra.
3º Véu: AMARELO: O véu amarelo representa o Sol e o chakra plexo solar , que elimina o orgulho e a vaidade excessiva, trazendo confiança, esperança e alegria. O véu amarelo fica cobrindo a barriga. O véu coordena com os movimentos de ondulações, oitos laterais, oitos com ondulações, redondo interno e redondo grande.
4º Véu: VERDE: O véu verde corresponde a Mercúrio e ao chakra cardíaco, que mostra a divisão e a indecisão sendo vencidas pelo equilíbrio entre os opostos. O véu pode ficar no bustie ou em um dos braços. Executa-se movimentos de busto e braços.
5º Véu: AZUL: Vênus e o chakra laríngeo é o véu azul, a qual revela que a dificuldade de expressão foi superada, em prol do bom relacionamento com os entes queridos. O véu pode ficar no pescoço ou no outro braço preso ao bracelete. Usa-se os véus verde e azul juntos com movimentos de cabeça.
6º Véu: LILÁS: O véu lilás, que representa Saturno e o chakra frontal, mostra a dissolução do excesso de rigor e seriedade, a conquista da consciência plena e o desenvolvimento da percepção sutil. O véu cobre o rosto como chador. Usa-se expressão de olhos, cabeça, tira o chador.
7º Véu: BRANCO: Finalmente a Lua e o chakra coronário estão associados à cor branca ou ao prateado ( a união de todas as cores). A queda do último véu mostra a imaginação transformada em pensamento criativo e pureza interior. O véu branco fica na cabeça como véu beduíno. A bailarina retira o véu e o utiliza com movimentos de giros, casulo.
Os véus são retirados lentamente durante a execução dos movimentos, alguns deles a bailarina somente retira, enquanto outros realiza movimentos mais elaborados. A música deverá ter duração média de 7 minutos. E deverá proporcionar as diferentes variações de movimentos.A bailarina deve assumir uma personagem: a sacerdotisa em busca da sua verdade. O despertar de sua consciência, de sua força e poder, dentro do mais perfeito equilíbrio.
Envie seu comentário: Email: dahramahaila@hotmail.com

sexta-feira, 26 de março de 2010

Falando sobre a Dança do Ventre

ORIGENS: A origem da Dança do Ventre vem de tempos muito antigos, sobre os quais não existe muita ou quase nenhuma documentação. Muitas histórias foram criadas na tentativa de ilustrar o seu surgimento, por isto é necessário um trabalho sério de pesquisa e também de muito bom senso no momento de identificar se a informação colhida é falsa ou verdadeira.
Uma das muitas explicações relata a que a Dança do Ventre teria suas origens nos rituais religiosos do Antigo Egito, onde a dança era praticada dentro de templos sagrados como forma de agradecimento e para homenagear as divindades femininas associadas à fertilidade. Outras dizem que a dança do ventre nasceu na Índia e que lá foi difundida pelos ciganos no Ocidente.
Acredita-se também que a dança existiu como forma de arte nas cortes do império romano e mais tarde no império da Turquia. E que nessa época a dança pode ter se espalhado por todos os países árabes.
E uma outra versão, atribui o seu surgimento aos rituais Sumérios, a mais antiga civilização reconhecida historicamente. Estes habitavam, junto com os semitas, a Mesopotâmia (região asiática delimitada pelos vales férteis dos rios Tigre e Eufrates, atual sul da Turquia, Síria e Iraque).
Também há indícios históricos da existência de uma dança com características semelhantes à Dança do Ventre em países como Grécia, Turquia, Marrocos e norte da África.
A dança do ventre desenvolveu-se entre os primeiros povos que habitavam a Ásia menor. A dança do ventre era inicialmente uma dança religiosa sob o matriarcado como forma de representação e adoração à Deusa Inanna ou Astarte, a grande deusa-mãe-terra. Posteriormente dança do ventre evoluiu como forma de aprendizado e entretenimento entre mulheres e mais tarde para o publico.
Limitar a origem e o desenvolvimento da dança do ventre somente ao Egito é um equívoco tão grande quanto restringir seus movimentos apenas à área do abdômen.
A dança do ventre trabalha o corpo feminino como um todo. Seguindo a trajetória da evolução, cada povoado adaptou a dança sagrada (sua estrutura de movimentos, vestimenta, ritmos e coreografia) segundo seus costumes e crenças.
Acredita-se que essa dança tenha sido criada visando reproduzir através de movimentos variados: os quatro elementos (água, fogo, terra e ar), e animais sagrados como; a serpente (símbolo da Deusa–mãe-terra), e cataclismos como: terremotos, maremotos e etc. além de todo o ciclo que envolve a fertilidade feminina e a concepção da vida.
As dançarinas do antigo Egito adornavam seus quadris com sementes que ao serem chacoalhadas emitiam um determinado som para cada movimento. Percebemos que desde então o corpo é o maior instrumento da dança oriental, só o corpo feminino tem a capacidade de materializar a música árabe.
Ao longo do tempo pelo processo de mistura entre culturas, ocasionado constantes guerras, invasões ou simplesmente pelas visitas freqüentes de povos nômades, a arte da dança oriental foi divulgada e assimilada por todo o oriente antigo.

Em 1798, Napoleão Bonaparte teve seu primeiro contato com a dança oriental em sua primeira expedição científica ao Egito, através da recepção fraterna e festiva de Gawazys, dançarinas profissionais dos povos Tiziganes durante a ocupação de suas tropas sobre o Cairo.
Napoleão Bonaparte, impressionado com os curiosos movimentos abdominais das dançarinas referiu-se pela primeira vez a esta dança oriental, como danse du ventre, ou seja, dança do abdômen, ou Dança do Ventre, a forma como nós a conhecemos até hoje.
A dança do ventre popular ( Racks Baladi ) é tradicionalmente passada de mãe para filha, cuja estrutura de passos é bem elementar.
A Dança do ventre, profissional, ( Racks Sharki) já é uma dança com muita técnica e de movimentos refinados.
A palavra dança vem do sânscrito tanha, que significa alegria de viver, Na terminologia árabe raks e o turco rakkase ambos derivados do assírio rakadu, têm o significado de celebrar.
A dança do ventre é uma forma de expressão corporal e emocional com mais de 5.000 anos de existência e que compreende em sua estrutura improvisação, criatividade, independência e compreensão rítmica.
Nos períodos neolítico e paleolítico da pré-história, foram encontrados no interior de cavernas estatuetas onde se mostra de uma dança feminina onde o movimento dos quadris era destacado. Nesta época matriarcal as mulheres desempenhavam um papel muito importante nas tribos justamente por que, à capacidade de gerar, e dar a luz era considerado um ato mágico.
Foram encontradas nas escavações as chamadas Vênus, pequenas estatuetas esculpidas com contornos femininos que surgiram para comprovar a existência da divindade feminina Innana,ou Ishtar Deusa Mãe Terra.
Sabe-se que nessa época essas estatuetas eram fincadas no chão e ao seu redor desenvolviam-se rituais ligados à fertilidade onde a dança feminina era destacada por seu caráter mágico e sagrado.

NOME: O nome correto dessa dança é Raks Sharki, que quer dizer dança oriental ou dança do oriente. Para a América, o nome danças oriental não equivale extamente a esta denominação já que pode significar outro tipo de dança oriental, tais como, as danças japonesa, hinesa, ailandesa,etc. Essa denominação deve-se aos movimentos, que são predominantes no ventre e quadril feminino. A dança do ventre é a mais feminina e sensual de todas as danças.
A mulher, através da música árabe, une seus movimentos, sua expressão e sua sedução, transformando-os, no palco, em sentimentos, que compartilha com seu público.

Mas nos dias de hoje não existe qualquer ligação da dança com a religião e a bailarina é considerada uma artista. A Dança do Ventre teria sido mais tarde incorporada às festas palacianas, e por fim conquistado também as classes mais inferiores.
Atualmente no Egito, é comum apresentações de Dança do Ventre em restaurantes e em cerimônias de casamento. E por vez, os noivos desenham as suas mãos no ventre da dançarina. Isto seria uma referência ao relacionamento da dança aos cultos de fertilidade. As mulheres do Mundo Árabe dançam umas para as outras, e para elas mesmas. Elas formam um grupo, e desenvolvem a sua performance, para suas irmãs e amigas, sem a presença de homens. Celebram assim a espiritualidade e a força femininas, e transmitem beleza e liberdade por meio da sua expressão particular.

EXPANSÃO: A dança do ventre se expandiu pelo mundo inteiro com a ajuda dos viajantes, mercadores e povos nômades (como os ciganos e beduínos), juntamente com outras características da cultura Árabe, tais como a culinária, a literatura e a tapeçaria.
Em sua expansão pelo mundo, a dança do ventre acumulou em cada região diferentes interpretações e significados. Atualmente, a dança do ventre ainda se encontra em um contínuo processo de desenvolvimento, recebendo influências diversas, como por exemplo da Dança Contemporânea e do Flamenco. Apereceram estilo de dança do ventre fusion (tribal e gótico)
Independente das diversas influências, não é difícil identificar o estilo da dança do ventre por meio de determinadas características.
Em cada região, a dança do ventre recebeu um nome:
no Egito a dança do ventre é chamada de Raqs El Sharq ou Raqs Sharqy, que significa "Dança do Oriente" ou "Dança do Leste"; na Grécia a dança do ventre é chamada de Chiftitelli;
na Turquia a dança do ventre é chamada de Rakkase; na França de Dance du Ventre
no mundo ocidental é mais conhecida como Belly Dance ou dança do ventre.
A dança do ventre chegou definitivamente ao ocidente no século XIX, e é considerada uma das danças mais antigas da história da civilização.
Atualmente existem muitas dançarinas da dança do ventre de ótimo nível em praticamente todos os países do mundo, inclusive no Brasil.

A dança do ventre seduz o público: O poder hipnótico da dança do ventre é devido à mágica combinação de elementos religiosos e profunda sensualidade. O movimentos permitidos para a dançarina da dança do ventre não são numerosos, mas permitem uma grande diversidade de variações.
Apesar da variedade de estilos, a característica básica que permanece á a os movimentos de ondulatórios do quadril intercalados com movimentos vigorosos do mesmo. A mensagem alegre e positiva da dança do ventre vêm conquistando gerações, que buscam preservar e difundir as suas características: sensualidade, leveza, beleza, alegria, vitalidade e expressão.

Envie seu comentário. Email: dahramahaila@hotmail.com

quinta-feira, 25 de março de 2010

Dançar para mim é

Dançar é entrar em sintonia com o universo, é levitar para o mais alto do astral, é atingir o nirvana. Dançar é conectar-me com a mais profunda expressão do meu corpo, a sensualidade.
É através da dança que te encanto, te seduzo, te envolvo e te amo. (Dahra Mahaila-2009)

quarta-feira, 24 de março de 2010

A Magia da Dança do Ventre

É através dos movimentos da dança que o meu corpo expressa encanto e sensualidade. Mas, é através da alma que reflete em mim a emoção, a paixão, poesia, sedução...
É a magia que vivemos quando dançamos o mais sagrado ritual das deusas, a dança do ventre.
(Dahra Mahaila-2010)