Desde os primórdios, a dança do ventre em diferentes civilizações, era até certa época uma prática livre como expressão de sentimentos ou como rituais sagrados. Para cada ocasião, existia uma dança diferente. Mas aos poucos a dança foi perdendo seu sentido sagrado para se transformar em algo de mero divertimento. A Dança começa a sofrer várias transformações de acordo com a época. E foi a partir dos anos 400 que começam a surgir às primeiras técnicas em dança do ventre, partindo-se da concepção de uma melhor exploração dos movimentos.
E ai vem aquela pergunta que não quer calar. Mas afinal, o vem a ser a técnica na dança do ventre?
Bem, a técnica é a maneira de executar os movimentos organizando-os afim de obter um determinado resultado. A partir daí facilitando a expressão corporal e os desenvolvimentos coreográficos, bem como, uma improvisação.
Mas a Técnica é realmente necessária? Mas é claro que sim. Porque, é através da técnica que ensinamos o nosso corpo a executar os movimentos de maneira correta sem machucar articulações e músculos. É através da prática e da técnica que os movimentos se tornam mais soltos e naturais. E desde então se passou a exigir uma maior necessidade de estudos e aprimoramentos cada vez maior dos movimentos.
A técnica tem o objetivo de facilitar o desenvolvimento da dança, mas a expressão do sentimento é o ponto que leva a dançarina à fluidez de sua apresentação. Conforme Martha Graham: "a técnica é o que permite ao corpo chegar a sua plena expressividade".
Juntamente com a Técnica, veio também a necessidade de um orientador, que é aquele o qual tem a responsabilidade de ensinar seus conhecimentos respeitando o corpo, as dificuldades e limitações de cada um, mas sempre incentivando a não imitar tais movimentos mecanicamente, mas, sempre seguindo os estímulos vindos de seu próprio coração.
A Dança sob qualquer aspecto, deve sempre ser entendida como uma forma de crescimento interior, de conhecimento e aprendizado. Além do aprendizado técnico prático, existe a necessidade da atualização teórica e, para isso existem várias opções onde a dançarina pode se apoiar, sempre com a orientação de sua professora ou por pesquisa de interesse próprio.
O aprendizado prático exige esforço, tempo e estudo. É necessária a atualização constante através de aulas práticas, workshops, estudo de vídeos de dançarinas nacionais e internacionais. E também, é muito importante estudar com diferentes coreógrafos, estudar diferentes técnicas a fim de construir seu estilo próprio e evitar seguir padrões pré-estabelecidos.
A técnica passa então a fazer parte do seu modo de ser e como diz Klauss Vianna: “Eu não danço, eu sou a dança”.
E segundo Lulu Sabongi: “A técnica não deve jamais superar a criatividade”.
Agora, não adianta à dançarina ter um a técnica impecável sem a criatividade. Porque, sem a criatividade a dança passa a ser uma mera apresentação e sem graça nenhuma, como um robô. Por isso, é também muitíssimo importante a criatividade e o sentimento na hora de dançar. Se não, a dançarina é somente uma figura sem expressão.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
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